O Conselho de Ministros da Itália aprovou por unanimidade nesta quinta-feira, 16, a imposição do “passe verde”, uma espécie de passe sanitário da Covid-19 para os trabalhadores de todos os setores do país, incluindo os autônomos. A partir do dia 15 de outubro, quem empregar um funcionário que não tiver o passe com o certificado de vacinação, um teste negativo da Covid-19 ou uma prova médica de que se recuperou do vírus, poderá pagar multas no valor de € 1,5 mil (equivalente a mais de R$ 9 mil). A medida, considerada como uma das mais severas da Europa, já era imposta para aqueles que quisessem acessar estações de trem, cinemas, restaurantes, academias ou piscinas públicas e era obrigatória para professores e outros membros da área da educação.
Além da multa para o empregador, o funcionário que não apresentar o “passe verde” por mais de cinco dias no trabalho poderá ser suspenso sem remuneração. O tempo dessa suspensão, porém, não foi detalhado pelas autoridades italianas até o momento. Grupos anti-vacina que já realizaram manifestações contra a imposição da medida para educadores organizam novos protestos contra a extensão do passe aos trabalhadores. O país foi um dos primeiros a virar epicentro da pandemia no mundo e registrou 4,6 milhões de casos da doença até o momento, com mais de 130 mil mortes. Até o momento, segundo a plataforma Our World In Data, quase 65% dos cidadãos foram completamente imunizados contra a doença.