Um tenente-coronel do Exército, de 50 anos, mantém a família refém em Cascadura, Zona Norte do Rio, desde as 20h desta terça-feira (14).
Equipes do Batalhão de Operações Especiais (Bope), do Batalhão de Ação com Cães (BAC) cercam o prédio. Um major e uma psicóloga negociam a liberação da mulher e dos dois filhos, que estão em um apartamento no 2º andar de um prédio na Rua Cerqueira Daltro.
Por volta das 5h, o pai, a irmã e o cunhado da mulher chegaram ao local. Segundo o cunhado, ela sofre agressões frequentes do militar e já chegou a denunciá-lo, mas, por medo, mantinha o casamento.
Durante a madrugada, uma amiga de trabalho da mulher feita refém esteve na porta do prédio e disse que a vítima sofria ameaças do marido. “Ameaçava, não chegava a agredir, mas ameaçava. Era truculento, de empurrar, de fazer certas coisas. Ameaçava, inclusive as crianças. Meu desespero todo é esse. E eu falei: ‘vai matar minha amiga, vai matar’. Porque ela tinha medo, ela falava que ele pode fazer sim”, afirmou a amiga.
O caso começou no início da noite, depois que a mulher chegou da varanda, gritou por socorro e pediu ajuda a vizinhos e porteiros. A polícia informou que identificou o militar como André Luiz.
Uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) está de prontidão na porta do edifício e os bombeiros entraram no prédio com uma maca. Um atirador de elite também está de prontidão em um edifício próximo.