A polícia canadense está investigando um suposto ataque terrorista após um homem esfaquear um policial e atropelar quatro pessoas em Edmonton, na província de Alberta, no Canadá, na noite de sábado (30). O responsável pelo ataque foi preso após perseguição policial.
Um policial que controlava o trânsito ao redor do estádio Alberta’s Commonwealth, durante a Liga Canadense de Futebol, foi atingido por um carro em alta velocidade e esfaqueado diversas vezes pelo motorista, que fugiu a pé. O oficial foi levado para o hospital, mas não corre risco de vida.
Algumas horas depois, o homem foi abordado em uma blitz dirigindo um caminhão e fugiu em alta velocidade. Durante a perseguição policial, ele atropelou quatro pessoas e acabou preso no centro de Edmonton.
A polícia disse que uma bandeira do grupo do Estado islâmico foi encontrada em um dos veículos.
“Com base em evidências nas cenas e nas ações do suspeito, foi determinado que esses incidentes estão sendo investigados como atos de terrorismo”, disse a polícia.
A polícia acredita que o suspeito atuou sozinho, mas não exclui o envolvimento de outras pessoas.
O primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, condenou os ataques, dizendo que são “outro exemplo de ódio”.
“Primeiros relatórios indicam que este é outro exemplo de ódio contra o qual devemos permanecer vigilantes”, afirmou Trudeau em comunicado. “Nós não podemos e não permitiremos que a violência extremista se estabeleça em nossas comunidades. Nós sabemos que a força do Canadá vem da nossa diversidade e não seremos intimidados por aqueles que querem nos dividir e promover o medo”, acrescentou.
O prefeito de Edmonton acredita que “se tratou de um ataque de lobo solitário e que não há motivo para pânico”.
Outros incidentes
O Canadá não tem registros de ataques extremistas como os Estados Unidos ou a Europa, embora tenham ocorrido alguns incidentes mortais nos últimos anos.
Em janeiro, um estudante universitário franco-canadense foi acusado de assassinato depois que seis pessoas foram mortas a tiros dentro de uma mesquita de Québec, no que o primeiro-ministro canadense chamou de “ataque terrorista”.
Em agosto de 2016, a polícia canadense invadiu uma casa de Ontário e matou um homem que disseram ser um defensor do Estado islâmico. A polícia disse que Aaron Driver estava na fase final de preparação de um ataque a uma cidade canadense com uma bomba caseira.
Em 2014, o Canadá foi vítima de dois ataques que a polícia declarou terem sido de autoria de radicais que cresceram no país, o que levou a novas medidas antiterroristas mais duras. Um homem armado matou um soldado no Memorial da Guerra Nacional de Ottawa antes de lançar um ataque ao Parlamento canadense em outubro. Na mesma semana, um homem matou um soldado em Québec.