Hey Jude”, a balada composta por Paul McCartney que foi cantarolada milhões de vezes e é considerada um símbolo da “beatlemania”, completa neste domingo (26) meio século como uma das melhores músicas de todos os tempos.
Lançada no dia 26 de agosto de 1968 nos Estados Unidos e quatro dias depois no Reino Unido, a história desta canção de McCartney está intimamente ligada à vida pessoal de seu parceiro John Lennon.
Como o próprio McCartney confessou, a canção, cujo título original era “Hey Jules”, foi composta para confortar Julian, filho de Lennon, após o divórcio dos seus pais.
Foi em 1968 que McCartney, ao saber da separação de Lennon e Cynthia e da tristeza de Julian, pensou em uma música para o garoto enquanto dirigia seu carro.
Desta forma, de repente, o tema base surgiu e mais tarde, quando já estava nos estúdios de gravação, o nome de “Jules” seria mudado por “Jude” por conta de seu ritmo e sonoridade.
“Eu já estava dirigindo há uma hora. Então desliguei o rádio e tentei compor uma melodia. Nesse momento, comecei a cantar: ‘Hey Jules, don’t make it bad. Take a sad song and make it better…’ Tinha uma mensagem otimista e esperançosa para Julian: Vamos lá, rapaz, seus pais se divorciaram, eu sei que você não está feliz, mas você vai ficar bem”, contou certa vez o beatle.
Quando McCartney mostrou a música para John Lennon, ele pensou, em parte, que era dedicado a ele e Yoko Ono, com quem estava começando um relacionamento.
“É a melhor canção de Paul. Começou como um tema sobre meu filho Julian. Depois se transformou em ‘Hey Jude’. Sempre pensei que era sobre mim e Yoko”, declarou Lennon, em seu livro “All We Are Saying”.