Cerca de quatro mil bancários aderiram na manhã desta terça-feira (30) à greve nacional por tempo indeterminado no Vale do Paraíba e na região bragantina. Nesta manhã, 109 agências bancárias, 60% do total da região de São José dos Campos amanheceram com adesivos colados nos vidros indicando a paralisação. Ainda não há um balanço das agências de outras regiões que forma afetadas pelo movimento.
De acordo com as direções sindicais da região, a greve será iniciada apenas em agências bancárias. Caixas eletrônicos, serviços de teleatendimento e centros administrativos continuam funcionando. Apesar disso, caso não haja acordo a paralisação deve aumentar e afetar esses serviços. A categoria afirma que a continuidade da greve depende de uma contraproposta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban).
A reivindicação da categoria é pelo reajuste salarial de 12,5%, além de piso salarial de R$ 2.979,25, PLR de três salários mais parcela adicional de R$ 6.247 e 14º salário. A categoria também pede aumento nos valores de benefícios como vale refeição, auxílio creche, gratificação de caixa, entre outros itens.
Em São José dos Campos, a greve deve abranger cerca 70% da base de funcionários. De acordo com a presidente do sindicato dos bancários na cidade, serviços em pontos essenciais serão mantidos. “Serviços que funcionam no DCTA, Embraer, Prefeitura e Petrobrás serão mantidos. Além destes locais, há um pequeno contingente de gerentes e alguns funcionários de setores administrativos que trabalharão nesta terça”, disse Maria de Lourdes de Oliveira.
Na base sindical de Taubaté, cerca de 400 funcionários devem aderir à greve. “Hoje é o primeiro dia e nossa greve é crescente. Vamos avaliar durante o dia a adesão das agências, mas devemos começar com a ação em cerca de 40% das 80 agências abrangidas pela base”, disse o presidente Sérgio Luís Leite.
Na região de Guaratinguetá, que abrange 16 cidades, algumas agências de bancos públicos – Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil – devem ficar sem greve, ao menos por parte do dia. Já em Bragança Paulista, a greve também será crescente e deve abranger os 700 funcionários da base. “Vamos começar por Bragança e estender a Atibaia, Nazaré paulista, Bom Jesus dos Perdões, Piracaia e outras cidades”, disse a presidente do sindicato, Isabel Rosa dos Santos Machado.
A Federação Nacional dos Bancos informou que apresentou no sábado (27), às lideranças sindicais dos bancários, proposta de reajuste de 7,35% a ser aplicado nos salários. Para o piso da categoria, os valores propostos para a convenção coletiva 2014/2015 equivalem a um reajuste de 8%, chegando a R$ 2.403,60 para o caixa, por jornada de 6 horas/dia – após 90 dias de emprego. Segundo a entidade, nos dois casos está assegurado novo aumento real – acima da inflação.