O ministro das Cidades, Jader Barbalho Filho, anunciou nesta segunda-feira (27) que pelo menos 2 mil casas estarão prontas para habitação nos próximos 60 dias, destinadas aos desabrigados pelas enchentes no Rio Grande do Sul. De acordo com o último relatório da Defesa Civil do estado, divulgado às 9h desta segunda-feira, 55.813 pessoas estão em abrigos e 581.638 estão desalojadas. Segundo o chefe da pasta das Cidades, os imóveis terão limite de R$ 200 mil e serão doados às famílias que tiveram suas casas destruídas ou condenadas pelas chuvas.
O ministro indicou que imobiliárias e proprietários de casas usadas também poderão oferecer seus imóveis para que o governo os adquira e os destine às famílias atingidas pelas enchentes.
“Somente nesta primeira conversa com as construtoras, a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil, já identificamos mais de 2 mil novas unidades que estarão prontas nos próximos 60 dias, permitindo que possamos começar a realocar essas famílias,” afirmou o ministro.
“Vale lembrar que essas casas se enquadram no perfil da faixa 1 do programa Minha Casa, Minha Vida, destinado a famílias com renda de R$ 2.630 a R$ 4 mil, e da faixa 2, que abrange famílias com renda de até R$ 4,4 mil. Esse é o perfil de imóveis que estamos considerando,” completou. Por enquanto, o valor limite dos imóveis é de R$ 200 mil.
Barbalho também mencionou que estão sendo negociadas com empresas formas de construção mais rápidas das casas. Além disso, está sendo discutida a possibilidade de construir agrovilas para acomodar desabrigados na zona rural. Segundo o chefe da pasta, isso permitirá que “as pessoas fiquem fora das áreas de risco, evitando qualquer tipo de construção nas áreas afetadas por enchentes”.
“Pode até ser que tenha uma casa de pé onde passaram as enxurradas, mas em um próximo evento como esse, essas casas podem não resistir. Então, não iremos permitir construções nas áreas impactadas pelas enxurradas”, completou.
A Defesa Civil do Rio Grande do Sul registra 469 municípios afetados, 2.345.400 de pessoas afetadas, 806 feridos, 56 desaparecidos e 169 mortes confirmadas. Nas últimas semanas, 77.712 pessoas e 12.521 animais foram resgatados pelas forças de segurança das áreas de risco.