O governo federal autorizou, nesta quinta-feira (9), a construção e operação de nove ferrovias pelo setor privado, por meio do programa federal Pro Trilhos, criado a partir do novo Marco Legal das Ferrovias.
Os projetos agregam 3.506,79 quilômetros de extensão à malha ferroviária nacional. Segundo o Ministério da Infraestrutura (MInfra), a projeção de recursos chega a R$ 50,3 bilhões, mais de sete vezes o orçamento da pasta em 2021.
Seis grupos empresariais vão poder construir e operar as malhas ferroviárias no Brasil após assinarem contrato com a União nesta quinta-feira (9). São eles: Bracell, Ferroeste, Grão Pará, Macro Desenvolvimento, Petrocity e Planalto Piauí Participações.
De acordo com o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, a pasta já recebeu 47 propostas de novas estradas de ferro a serem implantadas por entes privados no regime de autorização desde setembro, quando o Pro Trilhos foi lançado.
“Eu vim hoje para essa audiência achando que tínhamos recebido 40 pedidos, mas já são 47, que vão representar mais de 12 mil quilômetros, atender 14 unidades da federação e representar mais de R$ 150 bilhões de investimentos privados”, afirmou o ministro, durante evento de solenidade do MInfra.
Com exceção da Ferroeste, que já atua com transporte ferroviário como concessionária, todos os outros grupos que assinaram contratos com a União são novos operadores. São empresas originalmente vinculadas a terminais de uso privados em portos ou aos próprios originadores de carga.
“O Brasil está caminhando para ter a estrutura mais privada do mundo”, afirmou Tarcísio.