General Motors propôs mudanças nas regras da estabilidade na planta em São José dos Campos (SP). A exclusão da cláusula que garante a manutenção de trabalhadores lesionados foi incluída na negociação da campanha salarial. A categoria recusou a proposta em assembléia nesta segunda (9).
A montadora quer que novos funcionários, que entrarem após a assinatura de um novo acordo e vierem a ter doença profissional, não tenham garantia de emprego.
auxílio-doença. Atualmente a GM e sindicato têm um acordo que garante estabilidade até a aposentadoria.
Essa garantia é assegurada hoje pela cláusula 40 do contrato. “Os empregados contemplados com as garantias previstas nesta cláusula não poderão ter seus contratos de trabalho rescindidos pelo empregador, a não ser em razão de prática grave”, diz trecho do documento.
Segundo o sindicato, atualmente cerca de 20% dos 5 mil empregados da fábrica dos empregados têm direito à estabilidade – eles não serão afetados por uma eventual mudança na regra.
A montadora tenta, há cerca de dois anos, reduzir o efetivo de trabalhadores lesionados. Como não pode demitir por causa do acordo, a multinacional abriu no período ao menos três Programa de Demissão Voluntária (PDVs) com benefícios extas a trabalhadores com estabilidade que aderissem. Entre as vantagens estavam adicionais de até 25 salários e até carro 0km.