A General Motors (GM) acionou o Tribunal Regional do Trabalho para tentar por fim à greve na fábrica de São José dos Campos (SP). A unidade, que produz a S10 e a Trailblazer, emprega cerca de cinco mil pessoas.
O pedido de dissídio coletivo foi protocolado no final da tarde desta quarta-feira (20) para tentar negociar o valor da Participação nos Lucros e Resultados (PLR).
Nesta quinta-feira (21), a fábrica entra em seu quarto dia de paralisação. A greve é por conta do impasse no valor da segunda parcela da PLR.
Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos, a empresa teria oferecido R$ 5 mil mais o adiantamento do 13º. Com isso, a proposta de PLR feita pela empresa ficaria em R$ 13,5 mil. A categoria pede R$ 14,9 mil.
Os representantes da categoria ofereceram uma contraproposta, com R$ 6.405, elevando o valor para R$ 11.604, mas a empresa teria negado. “O valor é justo frente os resultados da empresa. Além disso, o 13º já é um direito do trabalhador e não pode ser incluído na participação nos lucros”, disse o presidente do sindicato Antonio Ferreira de Barros, conhecido como Macapá.
Por meio de nota, a empresa informou que tentou firmar acordo com o sindicato da categoria para o benefício e para que os trabalhadores voltassem ao trabalho. Como isso não foi possível, protocolou o pedido de dissídio no TRT.
O TRT confirmou o ajuizamento do dissídio, mas informou que ainda não há data para audiência entre a GM e o Sindicato.