A Petrobras nem anunciou qual será o posicionamento da empresa diante da disparada do barril de petróleo, após ataques a instalações da Saudi Aramco, na Arábia Saudita, no fim de semana, mas os postos do Distrito Federal já reajustaram o preço da gasolina nas bombas. Nesta segunda-feira (16/9), o litro do combustível podia ser encontrado a até R$ 4,45. Embora a estatal tenha preferido não se manifestar, não promoveu nenhum aumento nas refinarias. A companhia, segundo analistas, vai esperar passar o nervosismo do mercado antes de tomar alguma decisão.
A cotação do petróleo disparou 20% nos mercados internacionais depois dos atentados, que fizeram a produção de 5,7 milhões de barris de petróleo por dia fosse interrompida na Arábia Saudita. O volume representa 6% do consumo diário do combustível no mundo e 50% da produção local. Com isso, o preço do barril, que estava em torno de US$ 60 em agosto, passou a ser comercializado por US$ 72 em Londres.
Nesta segunda-feira (16/9), o barril do tipo Brent chegou a US$ 71,95 no começo da sessão, um avanço de 19,5%, maior alta intradiária desde 1991, durante a Guerra do Golfo. No fechamento, contudo, a valorização ficou em 14,6%, cotado em US$ 69,02. Se o valor permanecer nesse patamar, segundo o diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (Cbie), Adriano Pires, o impacto pode ser um aumento de 8% a 10% nos combustíveis derivados do petróleo no Brasil.
A cautela da Petrobras em repassar a disparada do óleo, no entanto, se justifica. Os Estados Unidos podem liberar parte da reserva estratégica do país, o que deve derrubar os preços do barril de petróleo. Mesmo assim, a tensão internacional não se dissipou. Pelo contrário, aumentou nesta segunda-feira (16/9), após o presidente norte-americano, Donald Trump, sugerir, pelo Twitter, que o governo iraniano é o responsável pelos ataques, tese adotada também pelo porta-voz saudita, Turki Al-Malik