A Ford, em Taubaté (SP), pediu ao Ministério do Trabalho e Emprego adesão ao Programa de Proteção ao Emprego (PPE) na manhã desta segunda-feira (26). Caso aprovada, a previsão é que a medida passe a valer a partir de março, segundo a empresa.
A proposta prevê a redução de 20% no salário e na jornada de trabalho aos funcionários da planta – cerca de 1,5 mil. No rendimento mensal, o governo daria contrapartida de 10% por meio do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) – com isso, os funcionários receberiam 90% do salário mensal.
O pedido ainda depende de aprovação do governo, que vai analisar a documentação e as condições financeiras da multinacional para avaliar se é necessária a aplicação do programa – para adesão é necessário comprovar que a unidade passa por dificuldades financeiras. A pasta tem 15 dias para a análise e aprovação.
Sindicato
Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté, que representa os trabalhadores, a medida passaria a valer a partir de 29 de fevereiro, por seis meses.
O PPE foi aprovado pelos trabalhadores da na unidade em assembleia no dia 9 de dezembro. Na ocasião, a montadora vinha anunciando um excedente de 300 operários.Para evitar demissões, a Ford adotou em 2015 uma série de medidas para adequar a produção à demanda do mercado. Entre elas estão férias coletivas, suspensão dos contratos de trabalho ‘layoff’. Mesmo assim, em março do ano passado, a multinacional demitiu 140 pessoas.
Se aprovada a PPE, a Ford seria a quinta empresa da região a aderir ao modelo pró-emprego – além dela também aderiram a Grammer, em Atibaia; Volkswagen e Gestamp em Taubaté e a Maxion em Cruzeiro.