Como todo o futebol brasileiro, o Flamengo parou em função da pandemia do novo coronavírus. Ainda mais pela suspeita de contaminação de Jorge Jesus. Se o terceiro exame divulgado ontem deu resultado negativo e trouxe certo alívio após dois testes inconclusivos, outras preocupações envolvendo o seu técnico de futebol e assuntos relacionados às finanças se apresentam como desafios.
O principal deles ainda é o valor pedido pelo português para renovação do contrato que vence em maio. A diretoria e o representante do técnico não conseguiram avançar nas conversas de forma satisfatória. Não apenas pela dificuldade com os encontros pessoais, mas principalmente pela distância enorme entre as propostas salariais de lado a lado.
Já ciente de que a pedida na ordem de 7 milhões de euros por ano é inviável, o Flamengo ainda se depara com o aumento da moeda estrangeira, e está diante da necessidade iminente de rever seu orçamento com perdas de bilheteria e sócio-torcedor. Dessa forma, a estratégia prevista é começar a pensar em uma opção, e também apostar que Jesus não terá projeto esportivo mais relevante para assumir este ano na Europa.
Os contatos virtuais entre o vice de futebol do Flamengo, Marcos Braz, o diretor Bruno Spindel, e Bruno Macedo, advogado de Jorge Jesus, seguem a todo vapor, ainda sem encontrar um denominador comum na parte financeira.