A família de Caroline Bittencourt, que morreu após cair no mar durante um vendaval em Ilhabela (SP) há quase um mês, organiza um bazar beneficente para vender peças de roupas e acessórios que pertenceram à modelo.
O evento, que está previsto para ocorrer nos dias 8 e 9 de junho, terá todo valor arrecadado revertido a três instituições que cuidam de crianças carentes – os nomes das organizações ainda não foram divulgados.
Segundo a família, a ação social também tem como intenção realizar um sonho de Carol em fazer trabalhos assistenciais com crianças.
“Mas sua breve passagem nesse mundo fez com que ela nos deixasse sem antes concluir essa tarefa. E agora esse compromisso cabe à nós. Cabe o respeito a sua memória, cabe seguir os seus desejos. A ideia é que aquilo tudo que cabia no armário, passe a caber em outras casas, em novas vidas”, diz trecho da nota da família da modelo.As peças colocadas à venda terão valores a partir de R$ 5,90, mas a família ainda não informou quantos itens serão disponibilizados no bazar. Além desse primeiro evento, os organizadores do bazar informaram que ainda pretendem fazer um leilão online das peças – ainda sem data definida.
Morte no mar
A modelo morreu no último dia 28 abril quando velejava com o marido Jorge Sestini. Eles faziam a travessia entre São Sebastião e Ilhabela quando foram surpreendidos pelos fortes ventos.
Após a modelo cair na água com os cães, Jorge pulou no mar para tentar salvá-la e os dois chegaram a nadar por um tempo em busca de ajuda, mas ela não teria aguentado. As informações foram divulgadas em nota da família lamentando a perda.
“Ambos ficaram à deriva e, mesmo com todos os esforços conjuntos possíveis, Caroline não aguentou mais manter-se nadando e se afogou. Jorge, após de nadar por cerca de três horas foi resgatado, já tarde da noite, por um barco que passava no local”, informou a família.
A família confirmou que a modelo estava com os animais no barco, mas que eles, assim como ela, foram arrastados para o mar pela força do vento.
Após os depoimentos e coleta de provas, o delegado Vanderlei Pagliarini considerou que houve “negligência” de Jorge Sestini, que deve responder por homicídio culposo – quando não há intenção de matar.
Isso porque uma conversa no WhatsApp, apresentada por Lenildo à polícia, mostra que o marido confirmou ter recebido o alerta de mau tempo e, mesmo assim, lançou-se ao mar. Além disso, os coletes salva-vidas foram encontrados com a embarcação naufragada e o corpo da modelo estava sem o equipamento de segurança.
Uma carta precatória, com ordem para o interrogatório de Jorge, foi expedida pelo delegado para que ele preste depoimento na capital. Ainda não ha confirmação sobre a data do depoimento do empresário.
Foto: Reprodução/Instagram