Um falso médico fraudou documentos e atendeu no pronto-socorro da Santa Casa de Jacareí (SP) por dois meses. Ele fugiu após levantar suspeita de um funcionário e ser descoberto pela prefeitura na última sexta-feira (15). A Polícia Civil investiga o crime.
De acordo com a prefeitura, a seleção dos funcionários é feita por uma empresa terceirizada. Há dois meses o falso médico se candidatou à vaga de médico e apresentou os documentos, entre os quais o registro profissional – CRM regular – de outro médico, cujo primeiro nome é Eric.
O homem atendeu os pacientes do pronto-socorro por dois meses, até que levantou a desconfiança de um funcionário que descobriu que o nome verdadeiro dele era outro.
Esse funcionário acionou a Santa Casa que ao tentar averiguar a denúncia, percebeu que falso profissional tinha fugido. Ele não foi mais localizado.
A administração municipal, que não informou o nome completo do falso médico, acionou a polícia. O Conselho Regional de Medicina (Cresmesp) também foi comunicado do caso. O número de pacientes atendidos pelo falso profissional também não foi informado.
Investigação
De acordo com o delegado responsável pelo caso, José Gonzaga Marques, o boletim de ocorrência foi registrado, mas o criminoso ainda não foi localizado. Os nomes, sendo do falso médico e do apresentado no falso CRM, não foram divulgados.
“Quando percebeu que seria desmascarado, ele fugiu. Um inquérito será aberto e vamos investigar o crime e ver se ele já cometeu esse delito em outros lugares”, afirmou o delegado.
Se não for constatado que algum paciente foi prejudicado nos atendimentos, o homem irá responder por exercício ilegal de profissão.
Cremesp
O Cremesp informou que está instaurando sindicância para apurar a denúncia e disse que o suspeito já responde a processo ético-profissional, referente a um caso registrado em Santa Fé do Sul (SP), em 2010, também sobre o mesmo tema.”O Cremesp, por competência legal, pode agir somente em relação a médicos devidamente inscritos e habilitados. Quando informado, formalmente, sobre a possibilidade de atuação de falsos médicos, instaura sindicância para apurar eventual conivência de profissionais com o exercício ilegal da medicina”, disse a nota.