Tays Reis, vocalista da Banda Vingadora, e seus colegas de trabalho tiveram uma péssima surpresa nos últimos dias: receberam a noticia de que alguns falsos grupos se passavam por eles em eventos, com direito a roupas, repertório e material de divulgação similares ao original. Os empresários do grupo, Aldo Rebouça eMarcos Galvão, acionaram seus advogados e a polícia, que iniciou uma investigação. Na noite de sábado (5), então, uma falsa banda foi presa em São Bernardo do Campo, São Paulo.
De acordo com informações da assessoria da Banda Vingadora, o falso grupo chamado Rainha Vingadora foi surpreendido por uma operação da Delegacia do Primeiro Distrito de São Bernardo do Campo, que prendeu dois produtores musicais suspeitos de vender os shows como se fossem apresentações da banda original. A prisão aconteceu na casa de shows Espaço RC Dance Music.
“Essa foi a primeira apresentação da banda se passando pelo grupo original. Agimos de forma rápida e assertiva. Estamos atentos e amparados pela lei para que possamos fazer esse tipo de operação em qualquer região do país”, declarou o advogado do grupo Leonardo Mascarenhas em comunicado oficial.
Na noite de sábado, Tays Reis e a Banda Vingadora se apresentaram em Brasília. Durante a madrugada de (6) receberam a notícia de que um outro falso grupo se passava por eles. Desta vez, no Rio de Janeiro.
Segundo a assessoria da banda, uma operação da Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Propriedade Imaterial (DRCPIM), em São Francisco de Itabapoana, interior do Rio de Janeiro, encaminhou os integrantes de um grupo chamado Very Vingadora para a delegacia. Denunciada, a banda prestou depoimento sobre o uso da identidade visual do grupo musical original. A operação aconteceu sob o comando da delegada Valéria de Aragão Sádio.
Em conversa com QUEM, Marcos Galvão falou sobre como a Vingadora Entretenimento, empresa que gerencia a banda, iniciou a investigação com a ajuda da polícia.
“Temos recebido denúncias via redes sociais. O próprio fã acaba questionando a agenda. Por exemplo, sábado estávamos em Brasília e não em São Bernardo do Campo. Essas denúncias de diferença de agendas começaram a acontecer com frequência depois do Carnaval. O próprio público nos alertou. Então, quando costatamos que se tratavam de bandas falsas, falamos inicialmente com nossos advogados. Fomos até a delegacia e ocorreu todo o procedimento de investigação. Houve venda de ingresso, teve o uso da marca Vingadora e a polícia investigou tudo. O show foi vendido como se fosse o original. A cantora estava se comportando como se fosse a Tays. Então, quando costatado, a polícia parou o show e todo mundo foi levado para depor por estelionato”, contou.
Segundo Marcos, há uma questão maior do que o prejuízo financeiro. Para eles, que estão em evidência após o sucesso da música Paredão Metralhadora, o fã é o primeiro a ser lesado com falsas bandas.
“Existe a questão financeira. Mas, principalmente, porque é o sonho de muita gente. Tem muita gente trabalhando na banda há muito tempo. A Tays se sente lesada por conta da equipe e pelo fã também. O fã se sente lesado por comprar um show achando que é a Vingadora original. A preocupação da Tays é essa: o sonho e a luta que foi fazer tudo isso acontecer”, finalizou.
Em comunicado oficial, Mascarenhas adianta que os donos das casas noturnas que realizarem a contratação de bandas falsas também serão indiciados por pirataria ou estelionato.