Um ex-militar da Base Área do Exército de Taubaté foi condenado a 16 anos de prisão pelo assassinato de um colega de serviço. O crime aconteceu em novembro de 2012, no distrito Industrial do Una.
Os militares estavam em uma confraternização e, ao saírem, o criminoso ofereceu carona para o colega. No meio do trajeto, o assassino parou o veículo e disparou seis tiros contra a vítima, que tinha 19 anos. O corpo do jovem foi abandonado em uma rua do bairro.
A decisão do Supremo Tribunal Militar foi divulgada nesta segunda-feira (3). Não cabe recurso.
De acordo com a denúncia, o ex-militar suspeitava que a vítima tivesse roubado um laptop, um HD externo e dois pen drives, dias antes do churrasco. O acusado foi condenado por homicídio qualificado, por motivo torpe e sem possibilidade de defesa da vítima.
O Ministério Público Militar concluiu que o crime foi premeditado, pois testemunhas disseram que o acusado já tinha expressado a intenção de matar o colega. Além disso, o ex-cabo foi à confraternização armado com uma pistola para a qual não possuía porte. Ao final do churrasco, ele aguardou um momento em que a vítima se encontrava sozinha, quando lhe ofereceu uma carona em sua motocicleta. Ele foi até uma rua deserta e sem iluminação onde parou o veículo, sacou a arma e disparou seis tiros contra o rosto do soldado.
Confissão
Depois de preso, na Delegacia de Polícia de Taubaté, ele confessou a autoria crime e indicou o local em que a arma estava.
Durante julgamento, o réu alegou que agiu em legítima defesa, pois a vítima teria usado a arma dele para atacá-lo. No entanto, para o relator do caso, ministro Fernando Galvão, a culpa do réu ficou clara nos autos. Por unanimidade, o plenário manteve a condenação de primeira instância, proferida em maio pela Auditoria de São Paulo.