O médico, ex-marido da vendedora morta a tiros no trabalho em São José dos Campos (SP), encomendou o crime por R$ 7 mil. A informação é da Polícia Civil, que prendeu temporariamente o suspeito na noite desta terça-feira (16). O atirador ainda está foragido.
O crime foi no último dia 8, quando um homem armado entrou na loja de móveis onde Jaqueline Barros, de 28 anos, trabalhava e atirou contra ela. Os disparos atingiram o rosto da jovem, que morreu no local.
Outras duas pessoas foram presas, sendo uma médica atual companheira do médico e também uma das mulheres flagradas na companhia do atirador nas imagens de câmeras de segurança da rua. A gravação que deu apoio à investigação foi feita minutos antes do assassinato.
Para a polícia, Jaqueline foi morta por causa de uma disputa judicial em um processo de divórcio. A dívida do médico com a vítima era de R$ 30 mil. O combinado para pagamento ao matador foi de R$ 7 mil. Segundo a polícia, o valor negociado pela execução não chegou a ser pago.
O advogado Cristiano Jouhkadar, que defende o médico, afirmou que o cliente não tem envolvimento no crime e que vinha sendo ameaçado desde o ano passado por causa de dívidas feitas por Jaqueline.
“Essas ameaças seriam de pessoas cobrando dívidas feitas por ela. Jaqueline usava ex-marido como garantia destes pagamento, uma destas ameaças ocorreu dentro de um hospital, onde ele trabalha. Há testemunhas”, afirmou. Não foi registrada ocorrência.
O advogado defendeu ainda que o valor da dívida que o cliente tinha com Jaqueline era baixo, comparado ao rendimento de um médico e, por isso, a teoria de que ele e a esposa teriam encomendado o crime não procede.
No dia da morte de Jaqueline, o médico foi baleado em uma tentativa de assalto. A polícia apura se esse crime tem relação com a morte da vendedora. Uma das suspeitas é que o médico atirou nele mesmo para despistar a polícia sobre a hipótese dele ter envolvimento no assassinato. Ele defende que foi vítimas de criminosos.