EUA prometem mais apoio para ajudar o Iraque na luta contra o Daesh
Os países reunidos na Conferência Internacional sobre a Segurança no Iraque prometeram nesta segunda-feira apoiar através de todos os meios, inclusive militares, a luta do país contra o grupo Estado Islâmico (EI), ressaltando a urgência de expulsar os jihadistas do norte do Iraque.
“Os participantes na conferência de Paris afirmaram que o Daesh (acrônimo árabe do EI) constitui uma ameaça para o Iraque, mas também para toda a comunidade internacional”, afirma o texto assinado pelos trinta países e organizações que participaram da reunião, que ganhou contornos dramáticos com a decapitação no sábado de mais um refém ocidental dos jihadistas.
Na declaração conjunta, todos “destacaram a necessidade urgente de acabar com a presença do Daesh nas regiões em que assumiu posições no Iraque”.
“Com este objetivo, se comprometeram a apoiar por todos os meios necessários o novo governo iraquiano em sua luta contra o Daesh, inclusive com uma ajuda militar apropriada, correspondente às necessidades manifestadas pelas autoridades iraquianas”, completa o documento, destacando que o apoio será dado “respeitando o direito internacional e a segurança das populações civis”.
O EI controla cerca de 40% do norte do Iraque e também um quarto do território da Síria.
Contudo, os participantes da reunião de Paris não comentaram a situação na Síria, enquanto que o projeto apresentado pelos Estados Unidos de ampliar seus ataques aéreos contra os jihadistas é contestado tanto por aqueles que temem que isso fortaleça o presidente sírio Bachar al-Assad quanto pelos que apoiam seu regime.
O chefe da diplomacia francesa, Laurent Fabius, elogiou “uma reunião séria e que traz esperança”, felicitando o fato de os participantes “decidirem que devemo lutar contra o Daesh”.
“Muitos insistiram nesta manhã sobre a necessidade de parar o financiamento a este grupo terrorista e uma conferência será organizada em breve por iniciativa de nossos amigos do Bahrein neste sentido”, indicou.
Na abertura da conferência internacional, os presidentes francês, François Hollande, e iraquiano, Fuad Massum, lançaram um apelo em favor de uma mobilização internacional contra os jihadistas do EI.
“O combate dos iraquianos contra o terrorismo também é o nosso. Devemos atuar clara, leal e fortemente ao lado das autoridades iraquianas. Não há tempo a perder”, defendeu Hollande.
“Daesh cometeu durante os últimos meses, massacres e crimes que podemos qualificar de genocídio, de purificação étnica e religiosa”, ressaltou, por sua vez, seu colega iraquiano.
Ele pediu uma intervenção aérea rápida, considerando que se essa intervenção e apoio ao Iraque demorarem, talvez o Daesh ocupe outros territórios.
Como que ecoando tais palavras, dois caças franceses Rafale realizaram nesta segunda-feira voos de reconhecimento sobre o Iraque, um ação prévia a qualquer ataque como parte da coalizão internacional que os Estados Unidos tentam estabelecer contra o EI.
Em contrapartida, o Irã, que não foi convidado para a reunião de Paris, disse que rejeitava o pedido americano de “cooperação contra Daesh”. “Recusei, porque suas mãos estão sujas”, declarou o líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, em seu site.
Os Estados Unidos não vão coordenar uma ação militar com o Irã para lutar contra o EI, mas permanecem abertos a seguir com “discussões diplomáticas” sobre o tema, disse por sua parte o Departamento de Estado americano.
Os Estados Unidos realizam desde 8 de agosto ataques aéreos contra posições do EI no norte do Iraque, e em vários países, incluindo a França, fornecem armas aos combatentes curdos iraquianos na linha de frente na luta contra os jihadistas.
A conferência de Paris visa definir qual será o papel de cada país na coalizão, da qual 40 países se disseram prontos para participar.
Esta reunião ocorre num contexto dramático após a decapitação anunciada no sábado de um refém britânico, David Haines, pelo EI. David é o terceiro refém a ser assassinado em menos de um mês, depois dos jornalistas americanos James Foley e Steven Sotloff.
O primeiro-ministro britânico, David Cameron, declarou no fim de semana que o seu país vai caçar os responsáveis , independente do tempo que isso possa levar.
O EI, que também combate Assad, prosperou com a guerra civil na Síria (200 mil mortos em pouco mais de três anos).
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