A cantora Ludmilla usou seu perfil no Instagram para falar sobre a confusão que fez com que ela interrompesse sua apresentação na tarde desta terça-feira (5) durante a passagem do bloco do Fervo da Lud, no centro do Rio de Janeiro. A confusão ocorreu pouco depois das 12h e policiais militares tiveram que intervir para controlar a situação.
“Gente, o Carnaval é tempo de festa, alegria , união e também de doação de amor ao próximo, um momento de respiro para um povo que batalha o ano todo para alcançar seus objetivos. Há 2 anos, criei o Fervo da Lud com isso em mente: levar alegria e diversão ao maior número de pessoas e hoje, lamentavelmente, isso não foi possível. Fomos interrompidos e estou profundamente triste por ter presenciado tamanha agressividade ao próximo, mas certa de que optamos pela melhor opção, pois minha prioridade sempre será o bem-estar de todos. Espero que o total do amor que gostaria de ter doado hoje cantando seja transmitido nessa mensagem. Mais amor! Mais paz! Fiquem bem e contem comigo. Amo vocês!”, escreveu na legenda de uma imagem em branco.
Feridos
O tumulto envolvendo foliões que participavam do bloco levou muita gente aos postos de saúde. Segundo a Empresa Municipal de Turismo do Rio (Riotur), 217 foliões foram atendidas nos postos médicos montados pela prefeitura do Rio.A Riotur informou, por meio de nota, que devido ao grande número de feridos, os coordenadores dos postos de saúde optaram pelas remoções para vários hospitais da rede pública a fim de liberar os leitos nessas unidades. Outras pessoas procuraram diretamente o atendimento nos hospitais. Doze delas foram para o Souza Aguiar, no centro da cidade. Nos postos dos bairros de Ipanema e Copacabana foram 19 atendimentos até 16h, sem remoções. A maioria dos pacientes apresentava cortes ou traumas diversos, intoxicação por álcool/drogas ou gás.
O presidente da Riotur, Marcelo Alves, ao tomar conhecimento do tumulto, ligou para o governador Wilson Witzel e solicitou reforço de policiais para os desfiles programados para esta terça-feira. O governador prontamente atendeu o pedido e disse que vai adotar providências necessárias para garantir a segurança dos foliões que escolheram o Rio para passar o carnaval.
Marcelo Alves disse que alterações de regras definidas pela Riotur para os desfiles os cerca de 500 blocos e bandas previstos para o carnaval deste ano evitaram consequências mais sérias. Ele lembrou que foram realizadas nos últimos meses 16 reuniões, das quais participaram produtores culturais, agentes de segurança do estado e do município, representantes do Ministério Público, profissionais de saúde, diretoria do Metrô, entre outros
Nessas reuniões, segundo ele, ficou decidido “que o local de desfile dos megablocos (acima de 250 mil pessoas) passou a ser o centro da cidade. Outra medida tomada foi maior rigor na exigência da documentação pelo Corpo de Bombeiros e demais órgãos de segurança, além de inscrição on-line dos produtores interessados em realizar desfiles nas ruas do Rio.
O presidente da Riotur esclareceu ainda, na nota, que os certificados em questão são exigências legais dos Bombeiros e da Polícia Militar (PM). “À Riotur, cabe apenas exigir que tais documentos sejam apresentados no ato de pedido de aprovação do desfile do bloco/banda”.
Polícia Militar
Em nota, a PM informou que os policiais agiram para controlar a multidão. “No entorno do bloco foi feito um cordão de isolamento por policiais militares em conjunto com seguranças do bloco em volta do trio elétrico. Houve um tumulto e a polícia militar agiu para controlar a multidão”. A nota diz ainda que uma pessoa foi presa por agredir um policial e que, durante a ação, três policiais também ficaram feridos.(Foto: Estadão Conteúdo)