O corpo do engenheiro Eduardo Marinho Albuquerque, de 54 anos, um dos mortos no desabamento de parte da recém-inaugurada ciclovia da Niemeyer, na manhã desta quinta-feira (21), será cremado no Memorial do Carmo, Zona Portuária, às 11h30 deste sábado (23).
De acordo com parentes, antes de sair de casa para correr, ele deixou um bilhete para o filho de 15 anos: “Vou correr, volto já, te amo muito”.
Quem reconheceu o corpo de Eduardo foi o cunhado, João Ricardo Tinoco, que foi ao local a pedido da irmã, Eliana Tinoco, a viúva do engenheiro.
“Ele falou que ia chegar ao meio-dia em casa, aí a minha irmã, que é médica e estava indo operar, sentiu um aperto no coração e pediu para eu ligar e ele sempre corre naquela direção da Niemeyer, que é bonita. Ela me ligou e pediu uma ajuda. Como eu estava aqui pertinho, eu parei o carro e vim ver se era ele. Eu que vi pela primeira vez [o corpo]. Não ficou boa essa ciclovia, porque se logo no início já caiu. Realmente foi uma fatalidade horrível. Ele era um carioca mesmo, gostava de curtir a vida. Um cara alto astral, trabalhador, gostava de esportes, de correr, velejar”, contou o cunhado.
Imagens mostram o desespero da viúva ao chegar na Praia de São Conrado para reconhecer o corpo (veja no vídeo abaixo). Muito abalada, ela foi até o Instituto Médico Legal (IML) e não quis gravar entrevista.