As três empresas de ônibus que operam em São José dos Campos (SP) pediram reajuste no valor da passagem de ônibus. Se aprovada pela Secretaria de Transportes, a tarifa atual de R$ 3,80 pode ser elevada para até R$ 4,97 – teto sugerido por uma das empresas. A prefeitura diz estuda o cálculo apresentado para reajuste desde a última terça-feira (14), mas não confirmou se pretende autorizar a elevação nos preços. (leia mais abaixo)
Os índices apontados pelas companhias consideram duas situações – a primeira delas, cujo maior valor solicitado foi de R$ 4,97, considera que o governo possa retomar a cobrança do Imposto sobre Serviços (ISS), tributo cujo as empresas estão isentas desde 2014. Em outro cenário, com a manutenção da isenção do ISS, os valores sugeridos são ligeiramente menores. O prefeito Felício Ramuth (PSDB) ameaça voltar a cobrar o imposto.
O último reajuste concedido às empresas do transporte coletivo em São José foi em janeiro do ano passado, quando o preço da passagem subiu R$ 0,40 .
Desta vez, se for aceito o valor de R$ 4,97, a tarifa subiria 30,7% – bem acima dos 5,35% da inflação oficial nos últimos 12 meses, medida pelo IBGE.
As empresas justificam o pedido de aumento considerou o impacto da inflação no período, mas também e os custos de operação. As empresas consideram o aumento necessário para manter o equilíbrio financeiro do serviço de ônibus.
A Expresso Maringá sugeriu tarifa de R$ 4,88 (com ISS) ou R$ 4,73 (sem ISS); a CS Brasil de R$ 4,85 (com ISS) e R$ 4,81 (sem ISS) e a Saens Peña, com o maior pedido, quer R$ 4,97 (com ISS) e R$ 4,74 (sem ISS).
Outro lado
Por meio de nota, a Prefeitura de São José informou que o processo de cálculo de reajuste tarifário é disparado a partir da solicitação das empresas concessionárias de transporte coletivo, mas que ensse ano, oe estudo foi iniciado pela prefeitura.
“Trata-se de um estudo complexo, que leva em consideração aspectos contratuais como progressão inflacionária, dissídio da categoria e reajustes de combustíveis, além de aspectos operacionais como o tamanho da frota, dos itinerários e a quantidade de passageiros transportados. Assim, ainda não é possível afirmar se haverá ou não o aumento, tão pouco se atingirá os patamares solicitados pelas empresas”, diz a nota.