O presidente americano, Donald Trump, afirmou que o tempo da “paciência estratégica” com a Coreia do Norte acabou, durante uma entrevista coletiva nesta segunda-feira (6) em Tóquio, onde recebeu apoio à decisão de manter todas as opções sobre a mesa ante as provocações de Pyongyang.
Trump já havia advertido em ocasiões anteriores que Washington poderia ir além da diplomacia para frear o programa de armas nucleares norte-coreano e considerar uma intervenção militar.
“O programa norte-coreano é uma ameaça para o mundo civilizado e para a paz e a estabilidade internacionais”, declarou em Tóquio, a primeira escala de uma viagem pela Ásia dominada pela crise com Pyongyang.
“A era da paciência estratégica acabou”, completou, ao lado de seu anfitrião, o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe.
Abe, cujo país viu nos últimos meses o regime de Pyongyang lançar dois mísseis que sobrevoaram seu território, apoiou a política americana.
“Respaldamos a política de Trump de manter todas as opções sobre a mesa”, afirmou, antes de destacar que o Japão derrubará os mísseis norte-coreanos, “se necessário”. “Em tais casos, Japão e Estados Unidos manterão uma cooperação estreita”, disse.
O chefe de Governo japonês anunciou ainda que Tóquio pretende “congelar os bens de 35 organizações e personalidades norte-coreanas”, em uma lista adicional de sanções ao programa nuclear e de mísseis de Pyongyang, mas também relativa aos sequestros de japoneses pelos serviços secretos norte-coreanos nas décadas de 1970 e 1980.
Tiroteio no Texas
Trump chegou ao Japão no domingo, em um momento de grande tensão com a Coreia do Norte, entre os temores de que o regime de Kim Jong-Un estaria planejando outro teste nuclear ou de mísseis.
A viagem, a primeira de Trump ao continente asiático e a mais longa de um presidente americano em 25 anos, acontece após meses de tensão entre Washington e Pyongyang.