Eduardo Paes (DEM) foi eleito neste domingo (29) prefeito do Rio de Janeiro, derrotando o homem que o sucedeu, Marcelo Crivella (Republicanos).
O bispo licenciado da Igreja Universal do Reino de Deus, candidato do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), teve quase a metade dos votos do antecessor.
Será o terceiro mandato de Paes, bacharel em direito de 51 anos, que já governou a cidade entre 2009 e 2017. Ao comentar a vitória, agradeceu os votos e celebrou “a vitória da política”.
“A primeira mensagem que eu queria passar é de agradecimento, aos cariocas que foram às urnas e acreditaram nas nossas propostas”, disse o eleito, ao lado do presidente da Câmara, Rodrigo Maia — cujo pai, o vereador Cesar Maia, até então detinha o recorde de três mandatos na prefeitura, agora igualado.
Queria também celebrar aqui uma vitória da política. Nós passamos os últimos anos radicalizando a política brasileira. O resultado desse radicalismo certamente não fez bem a nenhum de nós cariocas, não fez bem a nenhum de nós brasileiros”, emendou.
Para Paes, “o primeiro desafio está na saúde, na pandemia“. Ele disse que anunciaria nesta segunda-feira (30) as primeiras medidas no cargo.
Resultados
Com 100% das urnas apuradas, Paes somou 1.629.319 votos, ou 64,07% dos válidos, derrotando o atual prefeito, que obteve 913.700 votos (35,93%).
Brancos (5,03%) e nulos (13,77%) somaram 588.714 votos. Houve ainda o recorde de 1.720.154 abstenções (35,45%) — mais do que a votação do vencedor.
Somados brancos, nulos e abstenções, chegava-se a 2.308.868 “não votos”, quase a metade do eleitorado. Dos 4.851.887 eleitores aptos a votar no Rio, 47,6% ou faltaram ou não escolheram candidato algum.
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