Os ex-deputados Eduardo Cunha e Henrique Alves viraram réus em mais uma ação. Eles são acusados de cobrar e receber propina de empresas interessadas em empréstimos do fundo de investimentos do FGTS.
A denúncia foi aceita pelo juiz Vallisney de Oliveira, da 10ª Vara do Distrito Federal. Inicialmente, a denúncia chegou ao Supremo pelas mãos do procurador-geral da República Rodrigo Janot, pois Cunha tinha foro privilegiado. Depois de ter o mandato cassado, a denúncia contra ele seguiu para a primeira instância.
Além de Eduardo Cunha, também viraram réus o ex-ministro, ex-deputado e ex-presidente da Câmara Henrique Eduardo Alves, o operador do sistema financeiro e o ex-presidente da Caixa, Fabio Cleto – foi ele quem fez o acordo de delação premiada e contou aos investigadores que Cunha e os outros envolvidoss cobrarm propina para liberar recursos do FGTS. Todos agora passam a responder na Justriça pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro, prevaricação e violação de sigilo funcional.
O ex-sócio de Lúcio Funaro, Alexandre Margotto, também se tornou réu na mesma ação.
A defesa de Eduardo Cunha disse, por telefone, que a denúncia não deveria ter sido recebida porque é baseada em delações falsas e sem credibilidade.
O advogado de Henrique Alves afirmou que a decisão abre a oportunidade para a apresentação da defesa, em que será demonstrada a inocência do ex-ministro.
O Hora 1 não conseguiu contato com as defesas dos outros réus.