Natural de Caçapava, Paulo Henrique Dias Junior, 34 anos, foi encontrado morto anteontem na cidade de Colchester, em Essex, zona leste da Inglaterra, onde estudava.
Economista, ele fazia doutorado na University of Essex, por intermédio da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul), desde janeiro deste ano e ficaria na Grã-Bretanha até dezembro.
Até ontem à noite, as condições da morte ainda eram um mistério, o que está deixando a família aflita.
No endereço eletrônico da universidade inglesa, uma notícia publicada às 15h32 desta quinta-feira, dava conta de que o corpo dele foi encontrado às 8h30 do mesmo dia, perto de onde ele morava, nos arredores da universidade. Ainda segundo a instituição de ensino inglesa, o brasileiro foi visto no Stansted Airport por volta das 23h da última quarta-feira (no fuso da Inglaterra).
A polícia, de acordo com o site, teria encontrado Dias Junior em “estado de confusão mental” e encaminhado o estudante para o Broomfield Hospital, em Chelmsford, de onde ele teria desaparecido por volta das 2h de quinta-feira. Não há informações sobre a causa da morte, que não está sendo tratada como caso policial.
Desespero. Paulo Henrique Dias, o pai, está aflito com a falta de informações. Ele recebeu a notícia por meio da ex-esposa de seu filho, que mora em Pelotas, no Rio Grande do Sul.
“Tento ligar na Universidade em Porto Alegre e ninguém me explica nada. Só dizem que a morte foi confirmada informalmente. Estamos transtornados”, afirmou.
Dias conta que conversava com seu filho pela internet diariamente, por volta das 17h, horário de Brasília. “Nos falávamos todos os dias por volta das 17h, quando lá era umas 21h. Falei pela última vez na terça-feira e na quarta já não consegui mais contato”.
Mistério. O pai do brasileiro não notou nada de estranho em seu filho e a causa da morte, até a noite de ontem, não tinha explicação.
“Meu filho não era viciado, tinha hábitos saudáveis, praticava exercícios, era ativo. Não tinha nenhuma doença nem nada. Nem histórico de depressão”, afirmou.
Dias Junior esteve no Brasil em fevereiro e viria novamente em junho, por causa da Copa do Mundo. “Estava tudo certo para ele vir. A gente queria assistir aos jogos do mundial aqui em casa [em Caçapava], com os amigos e a família”.