Em comunicado divulgado no final da noite deste domingo no Brasil – manhã da Coreia do Sul –, a LG anunciou a sua saída do mercado de celulares a nível global. O já esperado fechamento da unidade de telefonia móvel foi aprovado pelo conselho de administração da empresa.
De acordo com a companhia, a decisão permitirá à marca os investimentos em outros segmentos nos quais já atua. Entre os citados, estão componentes de veículos elétricos, dispositivos conectados, casas inteligentes, robótica, Inteligência Artificial e soluções de B2B, além de plataformas e serviços.
A fabricante afirmou que pretende continuar no desenvolvimento de tecnologias voltadas à mobilidade. Entre eles, está o 6G. Outras tecnologias desenvolvidas pela empresa ao longo dos anos também serão retidas e aplicadas aos produtos atuais e futuros.
A LG ainda explicou que o estoque atual de smartphones continuará disponível para venda. A companhia se compromete a oferecer suporte e atualizações de software aos seus usuários existentes. No entanto, o período vai variar conforme a região.
Já os detalhes relacionados aos empregos ainda não foram divulgados. Segundo o comunicado global, eles serão definidos a nível local. Isso significa que possíveis demissões ou reposicionamentos de seus profissionais poderão ser diferentes em cada país.
A fabricante coreana ainda completou que espera concluir o fechamento do seu negócio em telefonia móvel até o dia 31 de julho deste ano.
Ela ainda deixou bem explicado que o inventário de alguns modelos já lançados poderá ser encontrado no mercado mesmo depois desse período. Em outras palavras, enquanto houver estoque de dispositivos da marca, eles estarão disponíveis no mercado.
A LG possui sua unidade de telefonia móvel há mais de duas décadas. As suas operações na área começaram no ano de 1995, com a marca “Hwatong”. Ao longo do tempo, lançou produtos que foram destaques no mercado.
Entre os exemplos, estão o smartphone LG G3 e o curvo G Flex, em 2013; a introdução da linha ThinQ, no final da década passada; o Velvet, que prometia ser uma alternativa em custo-benefício para quem quer celular potente; e o LG Wing, um projeto ambicioso com tela giratória, mas que acabou falhando para alcançar 100 mil unidades vendidas.
Mesmo com forte presença em lançamentos de produtos – em especial, nas categorias de entrada e intermediários –, a sua participação global no mercado de smartphones está estagnada na faixa de 1% ou 2%.