O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), confirmou nesta quinta-feira (31) a renúncia ao cargo para concorrer à Presidência da República nas eleições de outubro. O anúncio foi feito em meio à incerteza de quem seria o candidato do partido ao Palácio do Planalto: se o próprio Doria ou o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite.
Na manhã desta quinta, Doria teria surpreendido aliados e auxiliares ao comunicar que havia desistido de concorrer ao cargo de chefe do Executivo nacional, fato que entrou nos temas mais comentados nas redes sociais. O anúncio teria pego de surpresa também o vice-governador Rodrigo Garcia (PSDB), que chegou a pedir demissão da Secretaria de Governo.
No entanto, após o presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo, confirmar que Doria será o nome do PSDB na corrida ao Palácio do Planalto, o governador voltou atrás. Uma cerimônia no Palácio dos Bandeirantes nesta tarde selou a saída de Doria do governo de São Paulo e a confirmação de que ele concorrerá à Presidência.
Ao discursar no evento, Doria falou que quer trabalhar com outros partidos em prol de uma terceira via que seja capaz de fazer frente ao presidente Jair Bolsonaro, pré-candidato do PL, e de Luiz Inácio Lula da Silva, pré-candidato do PT.
“Sim. Serei candidato à Presidência da República pelo PSDB. O nosso partido. E juntos, ao lado de outros partidos valorosos de políticos e de pessoas que têm respeito pela democracia, pela vida e pelos cidadãos. Nós vamos vencer. Vamos vencer o populismo, a maldade, a diversidade e a corrupção. E, juntos, todos nós vamos ter um Brasil novo”, afirmou.
Doria deixou a gestão estadual a cargo de Garcia, que tentará a reeleição para o governo paulista, e disse que quer começar a campanha já no próximo sábado (2).
“Eu quero estar ao lado de vocês, a partir do próximo dia 2, para mostrar que é possível, sim, ter uma nova alternativa para o Brasil. Uma alternativa de paz, de trabalho, de dedicação, de humildade e de integração de todo o Brasil. E fazer isso com determinação. Longe da ideologia, distante do populismo e absolutamente condenando a corrupção e o mau trato do dinheiro público.”