O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou na tarde desta quarta-feira, 27, a nova fase do Plano São Paulo, com a flexibilização de setores da economia a partir do dia 1º de junho – o período da quarentena nos moldes atuais termina no dia 31 deste mês. A partir do dia 1º, tem início a chamada “retomada consciente”, com a reabertura gradual de setores da economia.
“Com consequência vamos dar um cuidadoso passo adiante com a nova etapa da quarentena denominada quarentena consciente, de 1º a 15 de junho, nova prática que vai permitir a retomada gradual e segura de atividades. Quero alertar, no entanto, que a retomada consciente parte de todos e estaremos acompanhando dia a dia. Se tivermos que dar um passo atrás, retomar medidas, que estaremos flexibilizando, não evitaremos”, afirmou Doria.
O governador acrescentou que a nova fase do Plano São Paulo não é o relaxamento sobre os cuidados sanitários, mas um monitoramento voltado às realidades regionais. “Essa fase seguirá orientação da ciência, medicina e saúde. Será possível nas cidades que tiverem redução dos números de casos e disponibilidade de leitos em hospitais públicos e privados e distanciamento social”, afirmou Doria.
Como vai funcionar a retomada das atividades
A secretária de Desenvolvimento Econômico, Patrícia Ellen, explicou que o plano de retomada da economia está dividido em cinco fases. “Nós nos comprometemos de ter uma abordagem heterogênea a faseada para a nova etapa do Plano São Paulo. Esse faseaemento, no compromisso original, tinha quatro fases. Nós incluímos uma quinta fase pela simples razão de que, infelizmente, enquanto não houver vacina nem cura para o vírus, teremos que viver um ‘normal controlado'”, explicou.
As cinco fases são as seguintes:
- 1. Alerta máximo – fase de contaminação com liberação apenas de serviços essenciais
- 2. Controle – Fase de atenção, com eventuais liberações
- 3. Flexibilização – Fase controlada, com maior liberação das atividades
- 4. Abertura parcial – Fase decrescente, com menores restrições
- 5. Normal controlado – Fase de controle da doença, liberação de todas as atividades com protocolos
Patrícia mostrou em uma tabela que, na fase 1, a economia opera apenas com a indústria, comércio e serviços não essenciais. A partir de junho, o Estado entra na segunda fase. “Na fase 2, que estamos chamando de ‘Controle’, já iniciamos uma abertura com restrições das imobiliárias, concessionárias, escritórios, comércio e shoppings centers”, afirmou. “A ideia é que isso seja feito com restrição de fluxo de pessoas, de horários e também com medidas rígidas de distanciamento”, explicou.
A secretária exemplificou citando o caso dos shoppings centers. “Seria um fluxo em torno de 20% da capacidade original, respeitando o distanciamento de 1,5 metro, horário reduzido (funcionamento de quatro horas) e limitação do uso de praças de alimentação”, detalhou.
A fase 3, que o governo não detalhou quando iniciará, permite a abertura, com restrições, de bares, restaurantes e similares, além de salões de beleza. As academias só poderão abrir na fase 4. Já a fase 5, prevê a abertura de todos os setores econômicos, incluindo espaços públicos, teatro, cinemas e atividades que promovam aglomeração, incluindo eventos esportivos.