Denunciado pelo crime de pirâmide financeira e outros delitos, o dono da BBom, João Francisco de Paulo, enviou ao exterior US$ 400 mil (aproximadamente R$ 896 mil, à época), poucos dias antes de a empresa ter as contas bloqueadas pela Justiça.
Nesta quarta-feira (18), o Ministério Público Federal de São Paulo (MPF-SP) denunciou cinco pessoas envolvidas nas operações da empresa, entre eles seu proprietário, por um esquema de pirâmide financeira disfarçado como marketing multinível.
Segundo o Procurador da República Andrey Borges de Mendonça, responsável pela denúncia, Francisco de Paulo teria feito quatro transferências em nome próprio, em um único dia – 2 de julho de 2013 –, no valor de US$ 100 mil cada, caracterizadas como “investimento no exterior”.
A data coincide com o ajuizamento de uma medida cautelar na 4ª Vara Cível de Goiás pelo Ministério Público goiano, que resultou no bloqueio das contas da empresa, por suspeita de pirâmide, poucos dias depois, num total de R$ 300 milhões.
“A finalidade de ocultar a origem ilícita dos valores é nítida. Tais remessas foram feitas pois o denunciado visava ocultar e dificultar o rastreamento do dinheiro apropriado dos investidores”, afirma o procurador na denúncia.