A presidente Dilma Rousseff participou na manhã deste domingo da inauguração oficial da nova área de embarque internacional do terminal 2 do Aeroporto Internacional do Galeão, na Ilha do Governador, Zona Norte do Rio. A reforma dos terminais 1 e 2 do Galeão custou 354,75 milhões de reais, segundo a Infraero, mas está inacabada e não ficará pronta para a Copa do Mundo. A assessoria da Presidência impediu o acesso de repórteres ao local. Apenas cinegrafistas e fotógrafos puderam entrar e acompanhar a visita inaugural de Dilma.
As obras no Galeão começaram em 2008, mas a reforma atrasou. A nova área de embarque internacional inaugurada pela presidente é parte da ampliação do terminal 2 e está em funcionamento desde janeiro. No entanto, as obras no terminal 1 e no novo setor de desembarque internacional do terminal 2 continuam inacabadas e não ficarão prontas até a Copa. Vários trechos do Galeão estão cercados por tapumes.
O ex-governador do Rio Sérgio Cabral Filho (PMDB) chegou ao aeroporto acompanhado do prefeito Eduardo Paes (PMDB) para participar da cerimônia. Dilma ainda participa nesta manhã da inauguração do BRT Transcarioca em Madureira, na zona norte, e da entrega de 564 apartamentos no Complexo de Manguinhos, também na zona norte do Rio.
BRT – Até o início da Copa do Mundo, no dia 12 de junho, o BRT Transcarioca, corredor exclusivo para ônibus que ligará o Aeroporto Internacional do Galeão (na Ilha do Governador, zona norte) a Barra da Tijuca (na zona oeste), terá apenas duas das sete linhas previstas em funcionamento. Neste domingo, a presidente Dilma Rousseff inaugura o sistema ao lado do governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB), e do prefeito. Nesta segunda-feira, começarão a funcionar 20 estações, da Barra da Tijuca a Jacarepaguá. Dois dias depois, na quarta-feira, a linha semidireta Barra-Galeão começará a funcionar.
Os turistas que chegarem ao Rio pelo Aeroporto Internacional e desejarem ir ao estádio do Maracanã, deverão embarcar na linha semidireta Barra-Galeão (R$ 3) e fazer a integração com o metrô na estação Vicente de Carvalho (mais R$ 3,50) até a estação Maracanã. O tempo médio de viagem é de 1 hora, com saídas a cada 20 minutos. Durante a Copa, o Rio deve receber 850 mil turistas brasileiros e estrangeiros.
Ao todo, o BRT terá 47 estações, distribuídas em 39 quilômetros, que cortarão 27 bairros (incluindo os complexos de favelas da Cidade de Deus, Penha, Alemão e Maré). Também foram construídos dez viadutos, três mergulhões e cinco terminais rodoviários que se integrarão ao sistema. A abertura das estações será gradual para diminuir os impactos das mudanças viárias para a população. A previsão da secretaria de Transportes é de que, em três meses, o sistema funcione plenamente.
Com 147 ônibus articulados, cada um com capacidade para transportar 200 pessoas, o BRT deverá transportar 320 mil pessoas. Integrado aos demais modais da cidade (trem, metrô e ônibus), além da Transoeste, Transolímpica e Transbrasil (corredores de ônibus que estarão completos até 2016), a expectativa é de que o sistema atenda 450 mil pessoas por dia e retire 478 ônibus das ruas. Cálculos da prefeitura apontam para uma redução de 60% no tempo de deslocamento.
Segurança. As 47 estações e os 147 veículos serão monitorados 24 horas pelo Centro de Controle Operacional, que já controla a Transoeste (que conecta a Barra da Tijuca e Santa Cruz, bairros da zona oeste). Além disso, a segurança será feita por policiais militares em dias de folga, como parte do Programa Estadual de Integração na Segurança (PROEIS). Policiais à paisana e desarmados circularão dentro dos ônibus e outros agentes armados e uniformizados ficarão nas estações.
Para monitorar todo o trajeto (que tem 120 cruzamentos), a Prefeitura implantou 39 radares ao longo do BRT (um por quilômetro) e aumentou a quantidade de placas sinalizadoras para reduzir a quantidade de acidentes e atropelamentos.