Dilma diz que abreviar rotatividade democrática de poder é golpe

Líderes de oposição pediram na terça-feira (15) ao presidente da Câmara, esclarecimentos sobre quais vão ser os procedimentos para a tramitação do pedido de impeachment. O deputado Eduardo Cunha, do PMDB, ainda não respondeu.

Nesta quarta-feira (16), a presidente Dilma Rousseff falou, por duas vezes, sobre as discussões a respeito da permanência dela no poder. Primeiro, a uma emissora de rádio de Presidente Prudente, ela disse que usar a crise como argumento pra chegar ao poder é um novo mecanismo de golpe.

“Todos os países que passaram por dificuldades, você não viu nenhum país propondo a ruptura democrática como forma de saída da crise. Esse método que é querer utilizar a crise como um mecanismo para você chegar ao poder é uma versão moderna do golpe. Atualmente o que nós temos de fazer é o seguinte: unirmo-nos todos juntos e o mais rapidamente, independente das nossas posições e interesses pessoais ou partidários, tomarmos o partido do Brasil”, disse a presidente Dilma Rousseff.

Depois dessa entrevista, no discurso de entrega de casas do programa Minha Casa Minha Vida, ainda durante a viagem ao interior de São Paulo, a presidente voltou a falar em golpe.

“Qualquer forma de encurtar o caminho da rotatividade democrática é golpe, sim. É golpe. Principalmente, quando esse caminho é feito só de atalhos, é feito só de atalhos questionáveis”, declarou Dilma.