O Tribunal de Justiça de São Paulo determinou que o dinheiro arrecadado com a venda de ingressos dos shows ‘Belo in Concert’, realizados nos últimos dia 11 e 12 de junho pelo cantor Belo em celebração ao Dia dos Namorados seja penhorado para o pagamento da dívida com o ex-jogador de futebol e comentarista esportivo Denílson.
De acordo com a decisão assinada pelo juiz de Direito Carlos Mazza Britto Melfi, “cabe o cumprimento da decisão judicial no sentido de promover a transferência dos valores obtidos com a venda dos ingressos referente a apresentação do nome ‘Belo in Concert’, o prazo improrrogável de cinco dias.” A decisão foi despachada no último dia 17 de junho, portanto os valores devem ser depositados em contas judiciais nessa quarta-feira (23).
Belo retomou aos palcos recentemente após uma longa temporada sem fazer shows em face da pandemia. Os shows do dia 11 e 12 em celebração ao Dia dos Namorados tiveram os ingressos esgotados. Os bilhetes foram vendidos a R$ 320 reais e foram limitados até 2 mil ingressos em razão dos protocolos adotados durante a pandemia.
Os participantes foram obrigados a entrar com uso adequado de máscaras, passaram por medição de temperatura corporal, e tiveram também que respeitar marcações de distanciamento feitas em uma casa de shows na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Além disso foi utilizado tapetes sanitizantes para os calçados e o local foi higienizado duas horas antes com quartenário de amônio, uma substância capaz de matar o corona vírus.
Apesar de tudo parecer correr bem para o cantor, Belo não esperava que o advogado de Denílson, dr Marcus Roberto Barreto estaria atento a agenda de show do músico para solicitar e sinalizar a penhora judicial. Em contato com este colunista, o advogado de Denílson confirmou a penhora e explicou que outras frentes de bloqueio estão cercando o patrimônio do cantor para o pagamento da dívida. Entre algumas delas a penhora em cima de cachês para participações em rádios e programas televisivos, além do bloqueio de rendimentos que acontece em diversas plataformas musiciais digitais onde Belo comercializa suas canções. Ainda em relação à dívida, o avogado de Denílson confirma que o valor ainda supera o montante de R$ 9 milhões.
Belo ainda pode receber um mínimo relacionado à venda dops ingressos, se assim o juiz entender cabível. Isso porque todo dinheiro que será repassado com as penhoras é analisado pela Justiça assim que chega na conta judicial. Dependendo da documentação analisada pelo juiz após a penhora, parte do dinheiro pode ser utilizada para pagar funcionários e contratantes. Mas havendo provas que o dinheiro arrecadado pertence exclusivamente ao Belo o juiz decidirá quanto ficará retido para o pagamento da dívida e quanto poderá ser repassado ao cantor para sua sobrevivência.