Mais de 70% da população de Cuba já teve o fornecimento de eletricidade restabelecido após um apagão que durou quatro dias, um dos mais severos da história do país. O colapso no sistema elétrico foi intensificado pela passagem do furacão Oscar, que resultou em seis mortes na região leste da ilha. O governo cubano continua a trabalhar para restaurar completamente a rede elétrica. De acordo com o Ministério de Energia e Minas, atualmente, 70,89% dos consumidores em Cuba estão com o serviço de eletricidade ativo, e os esforços para expandir a cobertura elétrica seguem em andamento.
A crise se agravou após a falha na principal central termoelétrica do país, coincidente com a chegada do furacão, que também causou danos significativos em Guantánamo. Na capital, Havana, muitos moradores já tinham acesso à energia na noite do último domingo, embora algumas áreas ainda enfrentassem interrupções. A situação se complicou ainda mais com a escassez de água, gás e problemas nas comunicações e no transporte.
As autoridades locais prometeram que a maioria da população teria eletricidade restabelecida até esta terça-feira. Cuba atravessa uma grave crise econômica, a pior em trinta anos, marcada pela falta de alimentos e medicamentos, inflação elevada e apagões frequentes. A insatisfação popular gerada pelo apagão resultou em protestos em diversas localidades, incluindo a capital e províncias como Santiago de Cuba e Villa Clara, onde os cidadãos clamaram por melhorias no fornecimento de energia.
O presidente Miguel Díaz-Canel alertou que aqueles que se envolverem em atos de vandalismo serão responsabilizados. Ele também mencionou que alguns dos manifestantes estariam agindo sob a influência de grupos contrarrevolucionários baseados no exterior, reforçando a posição do governo em relação à situação atual