A Partir desta segunda-feira (28), os cubanos vão poder prestar suas últimas homenagens a Fidel Castro, que morreu no último sábado, aos 90 anos. O país vive 9 dias de luto oficial.
As cinzas de Fidel vão ficar no memorial José Martí, em Havana, até terça-feira (29) e depois vão percorrer o país até Santiago de Cuba, berço da Revolução Cubana. No domingo, dia 4 de dezembro, as cinzas serão enterradas em uma cerimônia no maior cemitério da cidade.
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Também está previsto um ato popular convocado pelo governo na Praça da Revolução em Havana, na terça-feira. Os eventos estão sendo organizados por uma comissão especial.
‘Peregrinação das cinzas’
Na quarta (30), começará uma peregrinação de quatro dias com as cinzas, que percorrerão 13 das 15 províncias da ilha.
Os restos mortais do líder viajarão de estrada no sentido contrário ao da “Caravana da Liberdade”, a mesma que levou um Fidel triunfante de Santiago de Cuba até Havana em 1959, quando depôs a ditadura de Fulgencio Batista.
Será um trajeto de 1.000 km até Santiago de Cuba, onde está previsto um “ato maciço” na praça Antonio Maceo. O sepultamento ocorrerá no dia 4 de dezembro às 7h locais (10h de Brasília).
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Futuro incerto na ilha
Com a morte de Fidel, Cuba se aproxima a era do “pós-castrismo”. O mandato de seu irmão Raúl tem data de validade e a grande dúvida será se as novas gerações de dirigentes políticos vão garantir a continuidade do longevo regime que começou em 1959.
Durante décadas, muitos se perguntaram se a Revolução Cubana poderia sobreviver sem seu líder máximo, cuja doença e afastamento do poder, em 2006, já havia aberto uma nova etapa no país. Raúl Castro, herdeiro e continuador do único regime comunista do Ocidente, assumiu o cargo naquele ano, mas com uma marca reformista.