Cristian Cravinhos, 42 anos, tinha hábitos e comportamento de “playboy” em São Paulo desde que deixou a cadeia para cumprir pena em regime aberto. A opinião é de comerciantes e vizinhos da casa onde mora a mãe dele no bairro do Campo Belo, Zona Sul de São Paulo.
Cristian foi preso na madrugada desta quarta-feira (18), suspeito de agredir uma mulher e tentar subornar policiais militares em Sorocaba (SP), no interior de São Paulo. Ele e o irmão Daniel, 37 anos, são os autores do assassinato dos pais de Suzane von Richthofen. Suzane também foi condenada como mandante da morte dos pais. O advogado dele disse que o cliente não estava descumprindo nada e que ainda ia tomar conhecimento do inquérito para decidir o que fazer.
O G1 passou a tarde desta quarta-feira no bairro onde mora Nadja Quissak Cravinhos, mãe de Cristian, e o irmão dele, Daniel, com a mulher. Ela alterou sua rotina, não atendeu ao interfone e deixou de sair para passear com seu cachorrinho de estimação. Comerciantes e vizinhos da família ouvidos pela reportagem foram unânimes em dizer que Nadja é bem vista na região, sentimento oposto ao que sentem pelos dois dos três filhos dela. Eles afirmam que Cristian tinha hábitos e comportamento de “playboy” e Daniel anda com “nariz empinado”.
A presença de Daniel no bairro é constante, mas Cristian era visto esporadicamente pelos vizinhos, o que faz com que os moradores não consigam afirmar que ele estivesse morando com a mãe. De qualquer forma, a rotina dos irmãos se resume a duas quadras, variando entre uma lanchonete, uma agência bancária e um supermercado. A família vive em uma das oito casas de uma vila residencial fechada por grade de metal, câmeras e cercada de arame farpado.
Cristian deixou a penitenciária Doutor José Augusto Salgado, a P2 de Tremembé (SP), em 23 de agosto de 2017 após ser autorizado pela Justiça a cumprir o restante de sua pena em regime aberto. Daniel deixou a penitenciária em Tremembé (SP) em 16 de janeiro deste ano. Ele foi beneficiado pela concessão do regime aberto e vai cumprir o restante da pena em liberdade.“Não sei dizer se ele [Cristian] estava trabalhando, mas recentemente apareceu com uma motocicleta nova, celular de última geração e ficava sempre na calçada nos fins de tarde. Chegava perto das 22h ele sumia da rua. Ele é marrento e vivia como playboy”, disse um comerciante, que prefere não ser identificado.
“Cristian ficava parado sempre um ou dois amigos por perto na frente da entrada da vila. Em outros momentos ele ficava mexendo na moto na frente da garagem. Já o Daniel, de vez em quando saía com o Maverick prata que era do pai. Era muito difícil vê-los pelo bairro”, disse a funcionária de uma lanchonete na região.
“Vi o Cristian poucas vezes aqui na lanchonete. Na semana passada ele entrou e comprou cigarro e saiu. Ele não consumia mais nada aqui”, afirmou outro funcionário da lanchonete.