Envolta em incertezas, a Venezuela entrou nesta quarta-feira (1) no segundo dia de manifestações convocadas pelo líder da oposição e presidente da Assembleia Legislativa, Juan Guaidó, para tentar derrubar Nicolás Maduro do poder.
Na terça-feira, Guaidó, autoproclamado presidente interino do país, declarou que tinha o apoio das Forças Armadas e instou a população a tomar as ruas para tentar derrubar o governo.
A fala gerou dúvidas sobre se uma divisão entre militares de alta patente poderia acabar evoluindo para uma guerra civil. Os episódios que se seguiram ao chamado de Guaidó – com violência nas ruas e enfrentamentos – também levaram os EUA a mencionar, novamente, a possibilidade de uma invasão.
No final do dia, sentado ao lado de generais, Nicolás Maduro fez um pronunciamento à nação dizendo que mantém o apoio do Exército e que a “tentativa de golpe da oposição fracassou”. Já Guaidó convocou a população a voltar às ruas e disse que a “operação de libertação” da Venezuela estava na “fase final”.
Por enquanto, o governo brasileiro tem reagido com cautela, descartando agir militarmente no país vizinho.