Criado na Casa de Custódia de Taubaté em 1990, uma das maiores facções do País, também pode fazer parte da lista das maiores empresas, seja pela movimentação financeira, quanto pelo números de funcionários, os chamados “irmãos”.
Após a morte de um líderes da facção, Rogerio Jeremias de Simone, o Gegê do mangue, a policia encontrou documentos que demonstram a força e organização do grupo intitulado de Primeiro Comando da Capital.
Documentos encontrados pela polícia revelam ainda parte da estrutura montada pelos líderes do PCC para o tráfico de drogas internacional em cada região de São Paulo e em cinco países diferentes, Colômbia, Paraguai, Bolívia, Peru, e Guiana.
Durante a investigação policial foi descoberto a participação de doleiros que em apenas duas semanas, recebeu mais de R$ 4 milhões de reais, que foram convertidos em dólar para custear a produção de maconha e cocaína fora do País.
Esquema financeiro
A organização criminosa possui três principais fontes de renda. No período de um ano, segundo o Centro de Segurança Institucional e Inteligência do Ministério Público de São Paulo, o grupo arrecadou R$ 40 milhões com a venda de entorpecentes, R$ 1,9 milhões com a taxa mensal contada nos membros (taxa chamada de “cebola”), e cerca de R$1,8 milhões com a venda de rifas. Os bilhetes para concorrer a prêmios são vendidos por familiares dos membros a um valor de R$40,00 reais.
A mensalidade imposta pela liderança é de R$ 950,00 reais, boa parte do valor é arrecadado com a venda de drogas nas chamadas “biqueiras”. É desta forma que a maioria dos membros sobrevivem sem ficar em débito com os chamados “sintonia”, os “cabeças”, líderes do esquema criminal.
Quem forma o esquema?
De acordo com dados divulgados pelo Centro de Segurança Institucional e Inteligência do Ministério Público de São Paulo, somente no estado de origem, a facção soma quase 11 membros. São cerca de 9.333 no sistema prisional e outros 1. 589 nas ruas. A zona leste de São Paulo e interior são as regiões com maior número de “irmãos”.
A divisão dos membros
43 no ABC
115 na Baixada Santista
46 na região central de SP
95 na zona Norte
179 na zona Oeste
193 na zona Sul
500 na zona Leste
418 no Interior de SP
Em todo País o PCC soma cerca de 29.400 filiados, presente em mais de 25 estados e o Distrito Federal.
Nova equipe
A organização do grupo é dividido em células, existem até os responsáveis por avaliarem a conduta dos filiados, são os chamados “disciplinas”. No ano passado, uma nova célula foi criada. O setor é formado por membros ordenados a matar. Agentes da segurança pública já foram alvo do sub-grupo denominado “sintonia restrita”.
PCC no Vale
A polícia do Vale tem a missão de investigar o grupo, que não abandona o berço. A região é utilizada para o transporte arma e drogas da facção. A ligação entres os estados de São Paulo e Rio de Janeiro facilitam a distribuição dos materiais para os criminosos, a chamada “rota caipira”.