Bahia e Vitória empataram por 1 a 1 na primeira partida da final do Campeonato Baiano
O quarto capítulo da saga de Ba-Vis em 2017 terminou com um interessante empate na Arena Fonte Nova. Um resultado que mantém o Vitória com a vantagem na decisão do Campeonato Baiano, mas que deixa o Bahia com a sensação de frustração após o desempenho da equipe durante boa parte do confronto.
O time de Guto Ferreira fez um primeiro tempo irretocável, com total controle do jogo, mas nos dois primeiros terços do campo. Saída de bola limpa, transição ofensiva eficiente, principalmente no corredor central, entre os volantes rubro-negros, mas com uma incrível falta de precisão nas finalizações. Falta ao Bahia decidir o jogo no último terço do campo. Chegou ao gol em lance de bola parada, muito bem aproveitada pelo zagueiro Tiago.
O Vitória, que teve 48 horas para juntar os cacos após a eliminação na Copa do Nordeste e a demissão de Argel Fucks, teve ousadia para mudar. Mesmo sofrendo os riscos, o interino Wesley Carvalho apostou num time sem centroavante, com três meias flutuando no ataque e com uma equipe capaz de fazer um jogo apoiado, valorizando a bola em detrimento às famosas ligações diretas dos últimos clássicos. O Bahia foi muito melhor que rubro-negro no primeiro tempo, mas o Vitória não abriu mão de sua ideia de jogo. Foi assim, inclusive, que chegou ao gol de empate no segundo tempo.
Saída de bola com os volantes, compactação ofensiva para pressionar os elementos de transição do Bahia e profundidade com os laterais: assim, o Vitória construiu o empate na etapa final, em gol contra de Armero, mas com participação efetiva do volante Uillian Correia e do lateral Patric, autores da jogada. Mesmo com um jogador a menos durante os minutos finais do confronto, Wesley Carvalho fechou o time com duas linhas de quatro – sacrificando, inclusive, o meia Pisculichi, que teve que ser substituído 11 minutos depois de ter entrado. Com a entrada do centroavante Rafaelson, muitos antes, o time ganhou referência, força na segunda bola e incomodou o Bahia de Guto, que perdeu o controle do jogo quando foi obrigado a substituir Régis e colocar o atacante ‘Gustagol’ em campo, deixando o time sem a leveza que dominava as ações do tricolor durante grande parte do embate.
Não foi uma partida com dois tempos totalmente distintos, mas um clássico que mostrou elementos que deixa o título estadual em aberto para domingo, no Barradão. O Bahia que, após os últimos quatro confrontos, soube entender como encarar o Vitória, e um rubro-negro, fortalecido por um resultado conquistado graças à insistência de seu treinador em manter os conceitos de jogo durante quase 90 minutos. No quinto capítulo desta história, uma taça será levantada. O dono dela, porém, segue como uma instigante incógnita.