Equipes como o líder Corinthians, o vice-líder Santos, o quarto colocado Cruzeiro e o sexto Botafogo têm apostado na estratégia dos contra-ataques para conquistar pontos e disputar as primeiras posições do Campeonato Brasileiro.
Outros times também adotaram a mesma postura e fizeram o Atlético sofrer com isso na competição em 2017. E a experiência negativa contra adversários fechados tem feito jogadores e o técnico Oswaldo de Oliveira repensarem a forma do alvinegro jogar, principalmente em casa.
O objetivo é para acumular vitórias, sair da situação incômoda e passar a buscar objetivos maiores na competição. Jogando em casa, o Galo é um dos piores mandantes. Mesmo ficando a maior parte do tempo com a bola, o alvinegro acaba falhando nas finalizações e, em um descuido, leva o gol, sai derrotado e permanece ameaçado pela proximidade com o Z-4.
Na análise do lateral-esquerdo Fábio Santos, a tática dos rivais jogando em Belo Horizonte tem dificultado a vida do Galo, que precisa ter mais tranquilidade para evitar esse tipo de “armadilha”.
“É muito mérito dos adversários. As equipes, fora de casa, jogam mais fechadas e nos dão a posse de bola. Infelizmente, na maioria dos jogos, a gente dá espaço e começa o jogo perdendo. A estratégia das equipes tem sido dar a bola para o Atlético, arma que temos usado jogando fora Em casa, temos que criar alternativas para marcar, não levar gols e manter a tranquilidade para vencer os jogos”, avalia.
O volante Adilson acredita que seja o momento de o Atlético atuar usando a estratégia dos contra-ataques, que foram os principais artifícios utilizados pelos rivais para bater o Galo em Belo Horizonte.
“De repente, (é o momento de ser mais defensivo) sim. Ainda não sei qual vai ser a intenção do Oswaldo, mas a gente tem visto que a maioria das equipes tem esperado mais, tem se defendido e buscado a vitória por uma ou duas situações. Acho que a maioria das derrotas que tivemos em casa foi assim: a gente propôs o jogo o tempo inteiro e acabou, em um ou dois lances, sofrendo o gol e perdendo as partidas. Então, vamos ver como a equipe vai se encaixar a partir de agora e qual será a proposta que o Oswaldo vai nos passar”, declarou o jogador.
Por conta dessa dificuldade, o zagueiro Felipe Santana fala em ter humildade para jogar na defesa e explorar os espaços em velocidade. “O nosso momento, hoje, é de humildade. Temos que jogar, sim, por uma bola e continuar não sofrendo gols. Uma zaga sólida e um meio-campo sólido transmitem segurança para os nossos atacantes. A partir do momento que eles voltarem a sentir essa confiança, os gols vão sair naturalmente”, declara o zagueiro.