O governo acha que parte fundamental da sobrevivência da presidente Dilma Rousseff depende de garantir a sobrevivência do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, no cargo. E pela terceira vez seguida em três semanas o Conselho de Ética não conseguiu votar se o processo contra Cunha continua.
Eduardo Cunha acreditou que estava tudo dando muito certo até o meio da tarde de terça-feira (1º). Para entender o que se passou no Conselho de Ética da Câmara, é preciso falar de três personagens: os deputados do PT Zé Geraldo, Valmir Prascidelli e Léo Brito.
Alguns parlamentares, de partidos diferentes, que o líder do governo na Câmara, José Guimarães, disse a Cunha que os três deputados iriam votar para livrá-lo da abertura de investigação no Conselho de Ética pela cassação do mandato.
Foi quando um grupo de 31 deputados do PT divulgou no conselho um documento para pressionar os três a votar contra Cunha e, logo depois, o presidente do partido, Rui Falcão, falou por uma rede social que também esperava que os três votassem a favor da abertura de processo contra Cunha, deixando claro que a prioridade era preservar a imagem do PT apesar dos apelos do governo.
O deputado Zé Geraldo deu bem o clima do tiroteiro em que os três se meteram. Veja todos os detalhes com o repórter Júlio Mosquéra, direto de Brasília.