Escalada com dez mudanças em relação à rodada anterior, a seleção brasileira encerrou a primeira fase da Copa América com empate em 1 a 1 com o Equador, neste domingo (27), no Estádio Olímpico de Goiânia. Éder Militão e Ángel Mena fizeram os gols, um em cada tempo.
Os comandados de Tite já haviam garantido a classificação antecipada para as quartas de final como líderes do Grupo B com uma rodada de antecedência, então, o jogo serviu para experiências na equipe com jogadores que tinham poucos minutos, como Emerson e Vini Jr, para poupar pendurados, como Alex Sandro, Neymar e Gabriel Jesus, e simplesmente cumprir tabela. Tudo isso se traduziu numa partida sem muitos pontos positivos na equipe. Para os equatorianos, o ponto valeu a classificação para a próxima fase.
O Brasil abre o mata-mata na próxima sexta-feira (2), às 21h, no estádio Nilton Santos, contra Chile ou Uruguai. O Grupo A fecha a fase de grupos só na segunda-feira (28) quando será definido também o adversário do Equador.
Os primeiros movimentos da seleção em Goiânia mostraram um esquema tático 4-2-4 com a bola, com Cebolinha e Paquetá bem abertos e Firmino e Gabigol mais centralizados, sendo o jogador do Liverpool numa linha um pouco mais baixa, como armador, para reproduzir o que faz Neymar no time ideal.
O protagonista das jogadas ofensivas, no entanto, foi outro: Paquetá. Ele chutou a gol, deixou Gabigol na cara de Galíndez e participou até do lance em que o Brasil abriu o placar tabelando com Emerson antes da falta.
Por falar no lateral direito que teve sua primeira oportunidade como titular na Copa América, a seleção investiu demais na liberdade de movimentação de seus laterais -Renan Lodi foi o titular pela esquerda. Não foi incomum vê-los alinhados ao quarteto de ataque para dar amplitude ou à dupla de volantes para facilitar as trocas de passes. Ou mesmo um em cada uma dessas linhas, mas sempre com chegada ao ataque.
O panorama mudou quando Renan Lodi sentiu dores nas costas e precisou sair no comecinho do segundo tempo. Danilo, acostumado a jogar na lateral esquerda no futebol europeu, foi o substituto e podia ter sido mais ativo na jogada do gol de empate equatoriano, um bate-rebate dentro da área depois de alguns minutos em que os visitantes criaram perigo mais de uma vez.
O Brasil tentou reagir com as entradas de Casemiro, que soltou Fabinho para o jogo ofensivo, e Vini Jr, depois Richarlison e Everton Ribeiro, mas o jogo seguiu com poucos espaços e inspiração.
No fim, os dois times diminuíram a intensidade até o último apito.