Os bombardeios a posições do grupo extremista muçulmano “Estado Islâmico” na Síria e no Iraque não estão funcionando para enfraquecê-lo. O “EI” não parece mais fraco do que há um ano atrás, quando teve início a campanha aérea, e continua atraindo militantes.
O diagnóstico é de Paul Rogers, professor da Universidade de Bradford e um especialista em segurança global a serviço do Oxford Research Group, um dos mais importantes centros de estudos do mundo sobre conflitos armados.
Em entrevista à BBC, Rogers afirma que o aumento no número de ataques aéreos, em especial após o atentado que matou mais de 120 pessoas em Paris no mês passado, não tem inibido o processo de recrutamento do “EI”. Isso apesar das estimativas de militares americanos de que pelo menos 20 mil militantes morreram nos bombardeios.
“Informações dos serviços de inteligência dos EUA são de que o número de militantes que se juntaram ao grupo vindo do exterior era de 15 mil há um ano atrás, mas que agora seria de 30 mil”, afirma o especialista.