Thiago da Silva Folly, o TH, era um dos criminosos mais procurados do RJ e chefiava a facção Terceiro Comando Puro (TCP). Dois seguranças dele também morreram.
Um dos traficantes mais procurados do RJ e chefe do Terceiro Comando Puro (TCP), Thiago da Silva Folly, o TH, foi morto na madrugada desta terça-feira (13) em uma operação da Polícia Militar no Complexo da Maré, na Zona Norte do Rio de Janeiro.
Houve intenso tiroteio, e vias importantes da cidade foram fechadas em diferentes momentos e por alguns minutos — só na Linha Amarela foram 7 interdições.
Outros 2 homens, que seriam seguranças de TH, foram baleados e levados para o Hospital Municipal Evandro Freire, na Ilha, mas não resistiram.
A morte de TH
O Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) encontrou TH em um “bunker” no Morro do Timbau. Após intenso confronto, o traficante foi encontrado morto. Foram 8 meses de monitoramento, com o apoio da Subsecretaria de Inteligência. Relembre quem era o traficante.
O secretário de Polícia Militar, coronel Marcelo de Menezes Nogueira, definiu a ação como “cirúrgica”. “Ele estava diretamente envolvido na morte de 2 agentes do Bope, em julho do ano passado. É uma liderança com várias anotações criminais, um narcoterrorista”, afirmou o comandante da PM.
TH dividia o comando da Maré com outros 2 chefes: Edmilson Marques de Oliveira, o Cria ou Di Ferro; e Michel de Souza Malveira, o Bill, Mano Bill, Mangolê ou César.
Moradores afirmam que tiroteios começaram às 3h. Traficantes atearam fogo a barricadas nos acessos ao complexo, a fim de tentar conter o avanço da PM. Vídeos enviados à TV Globo mostram balas traçantes — um tipo especial de munição com um composto pirotécnico que permite que atiradores visualizem a trajetória do disparo.
Impactos
O Rio Ônibus afirmou que 70 linhas que passam na Avenida Brasil e pela Linha Amarela sofreram desvios em seus itinerários.
A Secretaria Estadual de Educação informou que 2 escolas precisaram ser fechadas na região. A Secretaria Municipal de Educação divulgou que “43 unidades escolares na Maré foram impactadas pelas operações policiais em curso”.
A Friocruz informou que por causa das operações em andamento nesta terça, passou a mobilizar atividades remotas em seu campus Manguinhos-Maré, sendo mantidas em regime presencial apenas as atividades essenciais. A fundação já tinha marcado nesta terça, no Flamengo, uma mobilização em conjunto com a UFF, UFRJ, Asfoc, Sintufrj, Redes da Maré, Instituto Fogo Cruzado, Cebes, CGI, Rede CCAP, Espaço Casa Viva e da Organização Mulheres de Atitude (OMA) com o objetivo de debater a valorização e preservação da vida, na garantia de direitos e na mitigação da ambiência de insegurança e medo.
A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) determinou que não haja aplicação de provas e avaliações e não sejam cobradas presenças dos estudantes e servidores em todas as unidades.