O chefe do Hezbollah, grupo armado do Líbano, disse nesta quarta-feira (3) que o assassinato do vice-líder do Hamas em Beirute é um “grande e perigoso crime sobre o qual não podemos ficar em silêncio”.
Em discurso transmitido pela televisão, Sayyed Hassan Nasrallah ofereceu condolências ao Hamas pelo que chamou de “flagrante agressão israelense” na noite de terça-feira (2), que matou Saleh al-Arouri.
Segundo analistas, o ataque no subúrbio de Dahiyeh, no sul de Beirute, pode ser uma mensagem de Israel ao Hezbollah de que até o seu principal reduto pode ser atingido.
Foi o primeiro ataque a atingir a capital do Líbano após quase três meses de disparos quase diários entre os militares israelenses e o Hezbollah, mas restritos à região fronteiriça.
O grupo armado atirou foguetes que cruzaram a fronteira em 8 de outubro em apoio ao Hamas, que havia realizado um ataque letal no sul de Israel no dia anterior, desencadeando uma feroz campanha de bombardeios israelenses contra a Faixa de Gaza.
Nasrallah pontuou que a ação “rápida” do Hezbollah em 8 de outubro e o bombardeio entre fronteiras desde então impediram uma campanha mais ampla de Israel contra o Líbano.
“Reposta ilimitada” caso guerra se expanda
Nasrallah também alertou na quarta-feira que se Israel travar uma guerra com o Líbano, a resposta será “ilimitada”
“Uma guerra conosco será extremamente dispendiosa. Seria então do interesse do Líbano ir à guerra até ao fim”, acrescentou.
Ele prometeu que “não haverá teto” e “não haverá regras” no combate do seu grupo, caso Israel decida lançar uma guerra no Líbano.