Uma conquista por ano. Tem sido assim a história recente da Chapecoense. Depois da chegada à Série A, o torcedor alviverde segue comemorando façanhas. Primeiro, em 2014, a manutenção do time na elite e vaga para a primeira disputa da Copa Sul-Americana. Na temporada passada, o clube chegou às quartas de final do torneio internacional e venceu o River Plate em casa – acabou eliminado no placar agregado.
Agora, em 2016, a Chape vai pela primeira vez à semifinal de uma competição continental. Está entre os quatro melhores da Sul-Americana e tem a tarefa de representar o Brasil na disputa, depois da eliminação do Coxa para o Atlético Nacional, também da Colômbia. Um feito merecido, ainda mais depois da histórica noite de 26 de outubro, quando aplicou 3 a 0 diante do Junior de Barranquilla, na partida de volta das quartas de final.
Como em uma sinfonia, tudo ocorreu perfeitamente dentro do orquestrado. O clube usou pela primeira vez canhões de luz com as cores do clube para fazer um bonito show antes do apito inicial. A torcida compareceu em bom número, com público superior a 13 mil pessoas na Arena Condá, apesar da forte chuva na região. Empurrou o time desde a saída do ônibus do hotel até a chegada do grupo alviverde no estádio. Com foguetório, o torcedor pintou as ruas de Chapecó de verde e branco. O grande apoio continuou com a bola rolando.
Daí era a vez do time entrar em cena. A missão era de reverter o 1 a 0 feito pelo Junior na Colômbia. Com pressão desde o início e com um desempenho irretocável, o Verdão fez o desafio parecer fácil. Dominou o jogo, o goleiro Danilo praticamente não teve trabalho, e o ataque não parou. Resultado: vitória consistente de 3 a 0 e classificação inédita.