A cesárea é uma opção mais segura do que o parto normal quando o bebê está na posição invertida (sentado). É o que revela um estudo canadense com base em 52.671 partos, publicado no periódico “Obstetrics & Gynecology”. Nele descobriu-se que, quando a criança está sentada, a probabilidade de lesões infantis é muito maior no parto normal do que na cesariana.
Além disso, o estudo mostrou que, nesses casos, o parto normal aumentou de 2,7%, em 2003, para 3,9%, em 2011, enquanto cerca de 88% dos bebês na posição nasceram de cesariana planejada.
A taxa de lesões para os bebês em posição invertida que vieram ao mundo por cesariana foi de 2,79 vezes maior em comparação com um bebê que nasceu na posição cefálica, mas, se comparados os dados dos que nasceram de cesárea e de parto normal, as lesões no parto normal são em número 3,6 vezes maior.
De acordo com Janet Lyons, principal autora do estudo e professora-adjunta da Universidade de British Columbia, alguns bebês em posição invertida não devem mesmo nascer de parto normal. Entre os casos indicados para a cesárea, ela cita os bebês que não nascem a termo (entre a 39ª e a 41ª semana de gestação), os que estejam com os pés –e não as nádegas– no canal do parto e os que apresentem anomalias como a hidrocefalia.
Janet afirma que há gestantes que querem dar à luz seus bebês por parto normal mesmo que eles estejam em posição invertida. “A função do prestador de serviços é decidir qual gestante está apta a dar à luz em um parto normal e garantir que ela possua todas as informações necessárias para tomar a melhor decisão”, diz a pesquisadora .