Investigadores da 25ª DP (Engenho Novo) ouviram mais três testemunhas no caso que investiga a morte do empresário Luiz Marcelo Ormond que, segundo a polícia, foi assassinado com um brigadeirão envenenado, nesta quinta-feira (6).
Essa pessoa, que não teve o nome revelado, disse à polícia que sabe o passado de Suyany Breschak, mulher que se apresenta como cigana e está presa apontada como mandante do crime.
A testemunha afirma ainda que sabe a motivação da morte do empresário, mas que está sofrendo ameaças da família de Suyany. A advogada da testemunha também foi ouvida e disse que também está ameaçada.
O terceiro depoimento foi de Victor Ernesto de Souza Chaffi, o ex-namorado de Suyany que foi preso por receptação por estar com pertences de Luiz, como o carro do empresário. Ele pagou fiança de R$ 5 mil e responde em liberdade.
Segundo a polícia, o carro foi entregue à cigana por Júlia Cathermol, namorada do empresário que está presa por ser a principal suspeita de envenenar o brigadeirão e matar o homem. Ela passou oito dias foragida e só foi presa depois de se entregar.
Ela estava escondida nos últimos dias em um hotel no Centro do Rio, onde deu entrada com nome falso. O RJ2 obteve imagens das câmeras de segurança do estabelecimento.
Segundo a polícia, elas mostram Júlia, de cabelo preso, blusa cinza e preta e máscara no rosto chegado à recepção. Aos funcionários, ela se identifica como Lília Mara Shinaider.
Ela se hospedou no dia 28 de maio, ao meio-dia. Horas depois, a polícia divulgava a imagem de Júlia como a principal suspeita de ter assassinado Luiz Marcelo. A conta do hotel foi paga com cartão. Durante os oito dias que estava foragida, Júlia evitou sair do quarto.
Ela deixou o esconderijo na noite desta terça-feira (4), carregando uma sacola e se entregou na Delegacia do Engenho Novo. A Justiça manteve a prisão nesta quarta.
A prisão
Júlia foi presa no bairro de Santa Teresa, no Centro do Rio, e levada para a 25ª DP (Engenho Novo), que investiga o caso. A psicóloga foi transferida para o sistema prisional do Rio no final da manhã de quarta-feira.
A mãe de Júlia, Carla, declarou à polícia que a filha lhe disse que “fez uma besteira obrigada por Suyany” — mulher que se apresenta como cigana, que também está presa. Suyany afirma ter R$ 600 mil a receber de Júlia por “trabalhos espirituais de limpeza”.
Uma nota da defesa de Júlia divulgada nesta quarta-feira (5) propõe “um olhar mais apurado” na “questão da religiosidade”, citando indiretamente Suyany Breschak.
A Polícia Civil aponta Suyany como mandante do crime. A defesa nega.