Um carro-bomba explodiu do lado de fora de uma academia de polícia na capital do Iêmen, Sanaa, nesta quarta-feira, matando cerca de 30 pessoas e ferindo mais de 50, disseram fontes da polícia.
O ataque demonstra a situação cada vez pior da segurança no país e a persistente ameaça da Al Qaeda.
O conflito sectário iniciado após a revolta popular de 2011 que levou à queda do governo e a divisões nas Forças Armadas se agravou desde setembro, quando a milícia muçulmana xiita houthi tomou Sanaa.
A Al Qaeda na Península Arábica (Aqap), um dos braços mais ativos do grupo militante sunita, vinha ampliando os ataques no Iêmen antes do avanço dos houthis e tem realizado ainda mais bombardeios e ataques com armas de fogo desde então.
Não houve reivindicação de responsabilidade de imediato pelo ataque desta quarta-feira. No passado, a Al Qaeda assumiu a autoria de ataques similares.
Entre as vítimas da explosão estão estudantes da academia e pessoas que esperavam numa fila para se inscreverem na polícia, disseram as fontes, além de transeuntes.
A explosão foi ouvida em várias partes da cidade e uma grande coluna de fumaça era visível perto da academia, em uma área bastante congestionada, perto do banco central e do Ministério da Defesa.
“A situação é catastrófica. Encontramos corpos empilhados uns sobre os outros”, disse à Reuters um paramédico no local do ataque, enquanto ambulâncias retiravam as vítimas.
Nações ocidentais e do Golfo Pérsico temem que a instabilidade no Iêmen possa enfraquecer ainda mais o governo local, dando à Aqap mais espaço para planejar ataques em outros países. O Iêmen tem uma extensa fronteira com a Arábia Saudita.