Há 10 dias a maioria da população brasileira vestiu o verde e amarelo e cantarolou a plenos pulmões que é “brasileiro com muito orgulho e muito amor”. Toda a empolgação era para acompanhar a sofrida estreia da seleção de Felipão contra a Croácia. Vitória por 3 a 1 e a desculpa pelo mau futebol ficou pelo nervosismo do primeiro jogo.
Na última terça-feira (17), o “orgulho e o amor” diminuíram um pouco e o brasileiro ficou na bronca com o empate sem gols contra o México no Castelão, em Fortaleza. Agora, a expectativa é de uma goleada contra Camarões no Mané Garrincha na segunda-feira (23) para que a torcida volte a gritar que a “taça do mundo é nossa”.
O problema é que se você acredita no hexa, melhor se preparar, pois o caminho do time de Felipão até a decisão no dia 13 de julho no Maracanã só deve ter pedreiras.
Desde o sorteio realizado ainda em dezembro, o Brasil sabe que não teria vida fácil na Copa e que a chance de clássicos nas fases decisivas eram grandes. Porém, a queda de alguma favoritas e algumas zebras, como é o caso da Costa Rica, complicaram ainda mais a vida de Neymar e CIA.
Nas oitavas de final, a seleção vai encarar Chile ou Holanda. Apesar de Felipão afirmar há seis meses que não quer enfrentar os sul-americanos, o técnico deve saber que pelo retrospecto é melhor enfrentar a verdadeira La Roja do que os europeus, responsáveis por eliminar a seleção na África do Sul.
Depois disso, o Brasil só deve ter campeões mundiais pela frente e um confronto contra a Itália, que foi surpreendida pela Costa Rica, já é bem provável. Em uma eventual semifinal, outras duas gigantes: Alemanha e a sempre pedra no sapato França.
E na decisão “sobraria” a rival Argentina, que acabou sendo a beneficiada de tudo isso até agora e teria um caminho bem tranquilo para quebrar o jejum de título desde 1986.