Os vereadores da Câmara de Aparecida (SP) votaram nesta quinta (17), por unanimidade, pelo afastamento por tempo indeterminado do vereador Elcio Ribeiro Pinto (DEM), preso há mais de 40 dias acusado de envolvimento em um esquema ilegal para venda de barracas na feira de ambulantes da cidade. Apesar da decisão, ele não perde o cargo no legislativo, mas deixa de receber os salários.
Um suplente da mesma legenda que o vereador preso deve assumir provisoriamente a vaga do legislativo. O primeiro nome é de Maria Aparecida Castro, que atualmente é secretária na Secretaria da Mulher da prefeitura.
A Câmara tem até 24 horas para realizar a notificação. “A votação ocorreu porque tínhamos necessidade de ter todos os vereadores na casa para que nenhuma votação fosse prejudicada”, disse o presidente da Câmara, Wadê Pedroso (DEM). O advogado de Elcio preferiu não comentar o afastamento do cliente do cargo.
Relembre o caso
No dia 4 de junho uma operação da Polícia Civil prendeu o vereador Élcio Ribeiro Pinto (DEM), o secretário de Indústria e Comércio da cidade, João Luiz Mota ‘Dão’, além de três fiscais que são servidores públicos municipais e dois homens que trabalhavam como agenciadores de barracas na feira de Apoarecida.
De acordo com investigação do Ministério Público, os agenciadores negociavam espaços para feirantes por preços que variavam, dependendo da proximidade com a Basílica. Os espaços custavam entre R$ 40 mil e R$ 350 mil, segundo testemunhas.
No dia 11, dois radialistas foram presos por suspeita de prática de extorsão contra um vereador de Aparecida.
Segundo a Polícia Civil, os radialistas Pastor Luiz Carlos Mendonça, que é proprietário da rádio Monumental e Arthur Fortes, que trabalha no local, exigiam dinheiro do político para não criticá-lo no veículo. Policiais chegaram até a dupla por meio de escutas telefônicas obtidas durante a investigação do caso. O caso também está sendo acompanhado pela Justiça Eleitoral. Todos os acusados permanecem presos.